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Opinião
05/01/2006 - 18h53
Queremos um feliz ano novo?
José Zetune
 

É uma pergunta interessante, afinal o Brasil passará por dois importantes processos decisórios: um é o Campeonato Mundial de Futebol e o outro é as eleições. Dois temas diversos, é verdade, mas com um poder de mobilização extraordinário. A questão é: como os empresários, a população em geral, e até mesmo as autoridades políticas - candidatos ou não - lidarão com esses dois processos, sendo que um deles é que apontará para um novo desenho do Brasil.

Ainda acho que para os brasileiros, o futebol, considerado nossa maior paixão, será o foco. Afinal, se ganharmos essa Copa do Mundo atingiremos uma "superioridade" que só poderá ser suplantada daqui bons anos pelos outros países. E qual nação não quer ser superior em algo? O esporte pode ser uma grande referência para um povo que precisa elevar sua auto-estima, achatada por uma crise política longa e cansativa, pelo desemprego ainda iminente e pela busca pelo desenvolvimento, não obstante os altos juros, a carga tributária e a burocracia, que ainda emperra a expansão do mercado.

Poderemos ter um ano atípico, porém essencial para decidirmos que Brasil estaremos construindo. Não acredito em prognósticos emocionais, acredito no agora. Então, é o momento do marketing e das vendas, não do marketing político ou esportivo. Não me refiro a isso. É o momento de todas as organizações, independente da sua área de atuação planejar e criar estratégias que impulsionarão o seu crescimento, sem a influência de campeonatos e eleições. Afinal esses dois segmentos se alimentam do atual, mas também são os responsáveis por criar esse momento, pela formação de opinião, ou seja, pela influência.

E é dentro desse planejamento que poderemos apoiar as mudanças. Políticas, sociais, econômicas, enfim, precisaremos pontuar as aberturas necessárias para a evolução do país e ela está intrinsecamente ligada a que tipo de governo ou governante teremos.

Não quero fazer apologia partidária ou campanha para esse ou aquele partido. Isso tudo só poderá ser assumido por nós brasileiros, quando descobrirmos onde desejamos chegar. Além de ser o melhor do futebol, precisamos ser os melhores em educação, em cultura, em saúde, em segurança, em ética política, ou seja, as bases alicerçadoras de uma nação que realmente está em desenvolvimento.

E a economia mundial cobra isso. O relatório semestral World Economic Outlook, do Fundo Monetário Internacional (FMI) indica que a economia global manterá a tendência de crescimento, expandindo 4,3% em 2005 e 4,4% em 2006. Os países em desenvolvimento, no qual nos encaixamos, terá uma evolução prevista de 6,3% e 6,0%, respectivamente.

Se compararmos nossos resultados com os de outros países em desenvolvimento (China, Rússia e Índia, em especial), constata-se que o desempenho da economia brasileira deixa a desejar. É estimado pelo FMI um crescimento de 3,7% para 2005 e de 3,5% no ano que vem. Vale ressaltar que pelos dados divulgados pelo IBGE no início de dezembro, o PIB brasileiro recuou 1,2% no terceiro trimestre do ano, em comparação com o segundo trimestre. O que poderá trazer uma taxa de crescimento menor do que a estimada pelo FMI.

É primordial alimentar o ciclo que conta com o aumento do poder aquisitivo da população, interferindo diretamente no crescimento do consumo, conseqüentemente, da produção industrial e de serviços, e retorna novamente à população na forma de mais empregos.

O trabalhador brasileiro teve um salário 1,4% menor em outubro do que em setembro, segundo a última análise divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a outubro de 2004, o rendimento médio recebido pelo trabalhador cresceu 1,8%.

O que vale neste momento não são apenas críticas à atual política econômica, que considero forte dentro de seus fundamentos, mas exigir mudanças que favoreçam a todos e não a poucos. Que direcione o Brasil realmente para transformações que gerem o desenvolvimento, com a exportação de nossas brasilidades, peculiaridades, e acima de tudo, com uma soberania e dignidade que reforce a cidadania do nosso povo. É o que espero para 2006. É o que espero da Copa do Mundo e das eleições: coerência e muita sabedoria para tomar as decisões.


Nota do Editor: José Zetune é presidente da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Marketing), da ADVP (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Portugal), do IRES (Instituto ADVB de Responsabilidade Social) e da FBM (Fundação Brasileira de Marketing).

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