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Opinião
12/01/2006 - 20h13
Das vinhas aos vinhos
Faustino Vicente
 

"E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José?" Esses versos são frutos do talento, e da sensibilidade, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), inesquecível poeta brasileiro, nascido na cidade mineira de Itabira do Mato Dentro. E agora, José? Esta é a indagação que cada um de nós deve fazer, a si próprio, para transformar as saudações de próspero ano novo em realidade. Devemos desenvolver planos de ação para a concretização das nossas metas, desejos e, até, de nossos sonhos. As manifestações de amizade, de carinho e de responsabilidade social que semeamos, nas festas de final de ano, são compromissos assumimos. Os desafios permanecem aí, a espera da nossa ousadia, criatividade, determinação, respeito ao ser humano e ao meio ambiente.

Com o verão dando as boas vindas ao ano novo, a incorrigível alegria do povo brasileiro apresenta-se como anfitriã perfeita do fomento de um dos mais promissores segmentos da economia mundial - o turismo - fonte de divisas e de geração de empregos. Dentre as alternativas da indústria de entretenimento a nossa reflexão vai para o ecoturismo - polinização da cultura ambiental. O aumento da rentabilidade das pequenas propriedades rurais é fruto do valor agregado em atividades complementares. Do cafezal ao cafezinho, do trigal ao desjejum colonial ou das vinhas aos vinhos, descortina-se uma paisagem sedutora aos que cultivam o estressante estilo de vida urbano.

Cidades que produzem uva e vinho colhem o privilégio de tornarem-se autênticas grifes mundiais pela qualificação do sabor, aroma, cor e valor de seus produtos. Noé, o da Arca, é citado em Gênesis (9, 20) sobre uva, e no mesmo livro, (9, 21) sobre o vinho. Além dessas citações, há muitas outras destacando esses produtos na Bíblia e, naturalmente, em outros livros que relatam a milenar caminhada da humanidade. Relíquias históricas provam que o trigo e a videira são cultivados desde tempos imemoráveis. Não foi por acaso, que o pão e o vinho foram escolhidos por Jesus Cristo (Ceia do Senhor) como símbolos vivos da sua missão divina aqui na terra.

O solo, o clima e o manejo revestem a uva, e por conseqüência o vinho, de uma nobreza laboral, social, cultural e até religiosa, capaz de abrir excelentes oportunidades comerciais. Os imigrantes italianos, trouxeram para o nosso país a experiência do plantio da uva, do processo da fabricação do vinho e de tantos outros derivados enriquecidos de tradições, usos e costumes, ainda hoje preservados por famílias que vivem no campo.

Lembranças da pátria distante, comida caseira, música típica, exposição, artesanato, contato com a flora e a fauna e atividades recreativas podem retratar um cenário de encantamento aos turistas. Com extensão continental, o Brasil pode fazer do agronegócio, das suas belezas naturais, da magia do seu futebol, da maior ópera de rua do planeta - o carnaval brasileiro - e da singular hospitalidade de seu povo, uma fantástica "cruzada de marketing" capaz de incrementar o turismo e alavancar as exportações. Lembrete: vamos explorar o turismo, não os turistas.

O acirramento da concorrência globalizada e o maior grau de exigência de clientes e consumidores, motivaram as empresas a consolidar políticas estratégicas de melhoria contínua de seus processos operacionais e de capacitação de seus recursos humanos. Como, hoje, o indispensável diploma universitário tem se mostrado insuficiente, para uma bela carreira sustentável, temos que sistematicamente agregar competências técnicas, aprimorar habilidades de relações interpessoais e preservar a conduta ética - diferenças que fazem a diferença - no disputadíssimo mercado de trabalho. Concluímos que a safra mais famosa de empreendedores é reconhecida pela "beleza de ser um eterno aprendiz".


Nota do Editor: Faustino Vicente é consultor de empresas e de órgãos públicos.

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