Preconceitos à parte, antigamente o relacionamento entre mulheres era inaceitável na sociedade brasileira. Hoje, no entanto, em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro é comum ver meninas de mãos dadas pelas ruas ou no metrô. Então podemos nos questionar se aumentou o número de lésbicas no planeta ou estamos mais liberais? Felizmente, parece que as pessoas não se contentam mais em buscar a felicidade seguindo os padrões de comportamento impostos pela sociedade. Portanto, as mulheres estão revelando seus desejos, antes reprimidos por um machismo autoritário e conservador. É importante lembrar que a mídia se tornou um forte aliado para a quebra deste tabu. Não é por acaso que as telenovelas da Rede Globo, como Mulheres Apaixonadas, Senhora do Destino e Torre de Babel, vêm insistindo no tema. Os impressos também seguem esta tendência. Um exemplo é a revista Veja, da Editora Abril, que nas últimas edições trouxe na capa a cantora Ana Carolina , e a frase: "Sou bi. E daí?". No entanto, alguns críticos consideram que tamanha exposição nos meios de comunicação de massa influencia as crianças e jovens a testar a homossexualidade. Porém a tese gera ainda polêmica e discordâncias. Segundo especialistas, a mídia pode fazer com que muitos adolescentes e adultos repensem suas próprias opções, ou seja, assumir o homossexualismo não quer dizer que a pessoa tornou-se repentinamente gay, mas que pode ter aceitado os seus mais íntimos sentimentos. Logo, parece que finalmente estamos prontos para aceitar as diferenças e a intolerância está se tornando obsoleta. Nota do Editor: Mariana Czekalski é jornalista e escritora.
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