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Crônicas
24/01/2006 - 19h27
Michelle não é mais uma canção
João Soares Neto - Agência Carta Maior
 

Não sei se todos lembram da canção francesa chamada “Michelle”. Era linda. Hoje, Michelle é nome de presidente de República. Michelle Bachelet, médica, descasada, com três filhos havidos de dois pais diferentes, ex- ministra da Saúde e da Defesa, é eleita presidente do Chile e toma posse agora em março. Ela é a nova mulher, não mais a que recebia o marido ao começo da noite, banhada e empoada, mas a que volta para casa quando a tarefa se esgota. Mas ela não está só.

Neste começo de 2006, mulheres maduras, formação superior destacada, tomam as rédeas de dois países deste mundo emergente em que vivemos. Michelle, no Chile e Ellen Johnson-Sirleaf, assumiu agora o comando da Libéria, país africano, fundado por ex-escravos libertados dos EUA. E na posse de Ellen, economista, pós-graduada em Harvard, estava outra mulher capaz, decidida e de origem simples, pois filha de imigrantes negros: Condoleezza Rice, Secretária de Estado, cabeça pensante americana, mesmo que possa pensar errado. Isto é outra história. O que vale aqui é a vida dessas mulheres. E não é bom esquecer de Angela Merkel, doutora em física, ex-ministra do Meio Ambiente, desde novembro passado, desbancou o poderoso Gerhard Schröder, e é a Premier da Alemanha. Imaginem.

O importante nesta conversa é que mulheres despontam em partes diferentes do mundo e o fazem de jeito bem distintos. Michelle derrotou um empresário multimilionário, Sebastian Piñera, no Chile. Ellen lutou e ganhou de um grande ex-atleta de futebol, George Weah, rico e ídolo famoso. Condoleezza, não tinha ninguém para promovê-la, nem casada é. Há quem diga poder ser em 2008 a candidata, imaginem, do conservador e branco Partido Republicano. Angela era física, morava na parte oriental-comunista e, com a unificação, surgiu como política. E aí está.

Acabaram-se as evitas, as isabelitas, e até as damas de ferro, tipo a Margareth inglesa. Hoje, a lucidez, a coragem, a capacidade, a liderança sutil e o sentimento de inclusão são as forças não só dessas mulheres citadas, mas de todas as outras, anônimas ou não, que não fazem mais só o modelo ‘boa esposa e virtuosa dona de casa’, a espera de um marido exemplar ou de uma pensão, quando o amor finda. É neste mundo novo, tão novo que nós, bichos homens, machistas ou não, ficamos tontos. Há que se aprender a conviver com essas mulheres que crescem, aparecem e permanecem. Deve eclodir um sentimento de júbilo pela nova divisão de tarefas no mundo real, pela certeza de que se poderá ter liderança com delicadeza, profissionalismo com ritmo sensorial, companheirismo sem subserviência ou melodrama, carinho sem hora ou local marcado e amor sem dependência.

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