Hoje, domingo, 6 de junho, entrei em divagações sobre o Universo. Aconteceu depois de ter lido a coluna de Marcelo Gleizer, na Folha.

Pensei muito no Big-Bang, um evento que sempre me intrigou, desde que ouvi falar dele pela primeira vez. O instante primordial aconteceu há aproximadamente quinze bilhões de anos, um número com grande grau de abstração.

É difícil imaginar uma quantidade dessa magnitude.

Em um ano há 31 536 000 segundos. Imagine que você receba um real por segundo, então sua fortuna só atingiria 15 bilhões de reais após aproximadamente 475 anos.

Lembre-se, um real por segundo desde os tempos em que Cabral aportou por aqui. Ou então, você pode contar de um até 15 bilhões. A tarefa demoraria quase mil anos, caso você trabalhasse metade das horas do dia.

Assim sendo, se tomarmos como base da medida do tempo a duração da vida humana, vamos concluir que o Universo já não é nenhuma criança.

Também com base na experiência humana, tomamos conhecimento da matéria que compõe o Universo através das ondas eletromagnéticas por ela emitida. Acontece que essa matéria, conhecida como matéria luminosa, constitui apenas 10% do total.

Há indícios comprobatórios de que 90% da matéria seja do tipo "escura", não temos como detectá-la já que dela não partem emissões perceptíveis pelo nosso aparato tecnológico, nem tampouco luz para que seja vista pelos nossos olhos. Sendo capaz de produzir efeitos gravitacionais, a matéria escura deve ter massa, sendo no entanto invisível.

Imagino que os futuros viajantes intergalácticos deverão ter bons detectores de matéria escura para evitar colisões.

Também fico pensando que partes do Universo estejam bloqueadas para nós face ao obstáculo constituído pela matéria escura. Podemos estar vivendo num Universo totalmente diferente daquele que imaginamos.

Decifrar o Universo não é tarefa fácil, a cada dia que passa me convenço que ele é uma obra plena de imaginação e sutileza.