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06/02/2006 - 12h14
Feira Hippie - Estória para boi dormir!
Wagner Aparecido Nogueira
 

É triste, mas é melhor ouvir essas estórias do que ser surdo! Lendo o artigo publicado na seção Painel do jornal A Cidade (pág. 2 da edição de 04/02/2006), peço aos senhores leitores e principalmente à Ilustríssima Senhora Doutora Maria Aparecida Honório, atenção ao fato de antes de contribuir, mesmo que em algum momento de nossa história, a pseudo "feira hippie" tenha sim, nos ajudado a regredir nos avanços tecnológicos e culturais, fomentando nos indivíduos que a constituem e nos demais cidadãos de Ubatuba que estimam ser ali um lugar de ótimas oportunidades para obter-se uma renda digna, advinda do trabalho árduo e honesto, uma ilusão, um contra-senso, pois o despreparo e a informalidade que ali impera, subtraí de nossa sociedade, oportunidades de trabalho e de geração de renda em micro-empresas das mais diversas, condenando os micro-empresários que se aventuram na formalidade, à concorrência desleal e a todos os requisitos impostos pelo Estado, sendo que, a inocente "feirinha", em nada é obrigada ou responsabilizada por esse mesmo Estado, como se os que ali operam suas atividades comerciais, fossem incapazes de assumir seus compromissos como cidadãos.

Quando a Doutora cita visar o bem comum, gostaria de saber o que ela acha sobre o dinheiro de todos os contribuintes que será investido na cobertura da feira, privilegiando cento e vinte, sendo que a cidade tem mais de 70.000 habitantes. Por outro lado, passa pela cabeça de alguém, perguntar quanto custa uma licença na dita feira? Não me digam que não é possível vendê-las! Alguém pode imaginar o quanto é rentável uma barraca nesse empreendimento coletivo?

Sempre haverá os que se dizem discriminados, porém, e quem me conhece sabe que considero todos em pé de igualdade e por isto mesmo, cobro de todos a mesma responsabilidade perante a sociedade, dizendo não ser a feira uma fonte tão generosa de renda e a esses, com o perdão da palavra, considero despreparados e em sua maioria, preguiçosos.

Alguém pode me explicar o que são conceitualmente produtos artesanais e seus afins e o que são produtos industriais, sem correr o risco de saber, ou melhor, não saber, o quanto custa ao pequeno e micro-empresário abrir uma indústria e manter-se oficialmente ativo ao longo dos anos? Então, não me venham com sincretismo cultural brasileiro e o enriquecimento das relações interculturais e étnicas, pois nessa feira, o que temos mesmo, é um comércio forte e ativo, concorrente desleal e marginal a toda as atividades comerciais sadias de nossa cidade!

Para finalizar, onde está a dimensão humano-social às famílias dos micro-empresários que faliram e que viram o seu patrimônio ser dilapidado pelas obrigações impostas pelo Estado e pelos fornecedores, como também pelos empregados e pelos bancos? Certamente a culpa não é da feira, mas sim, de governantes despreparados, que ao longo da história de nossa cidade, rifaram licenças para esses mesmos feirantes em troca de um punhado de votos. Alguém sabe o que é concorrência desleal ou "dumping"?

São 120 feirantes que poderiam cotizar-se e empreender em um gesto honrado e heróico, a compra de um terreno bem localizado e construir uma espécie de Mercado Modelo. Renda para isto eles certamente auferem! Com isto, não mais precisariam ficar à margem do Estado, suplicando migalhas e sim, poderiam exigir o que lhes é de direito, como: saúde; educação; moradia; segurança etc.

Eu gosto de História como eu gosto de dizer que nós vamos mudar o mundo para melhor e não "agente vamos"!

Obrigado pela atenção.

Wagner Aparecido Nogueira

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