Separação, é fato no mundo atual. Segundo a última pesquisa do IBGE feita em 2004 806 mil casamentos foram realizados, 93.525 separações ocorreram, 10,8 anos é a base de duração dos casamentos, 27 anos é a idade média da mulher ao se separar, 30 anos a do homem, 78,4% das separações são consensuais e 91,3% da guarda ficam com as mães. A nova mulher pós-separação é aquela que se moderniza e segue os novos conceitos da sociedade atual. Hoje, definitivamente, o papel da mulher cresceu, ela não é mais a dona da casa e sim, a grande executiva, que norteada de ações e conjugações profissionais, cria o filho e cresce na empresa. Para tanto, inteligente e perspicaz como é, ela quer a maior participação do ex-conjuge na criação do filho pós-separação. Dados do IBGE, indicam que a participação da mulher no mercado de trabalho passou de 43,4%, em média, em 2004, para 43,7% em 2005, nas seis principais regiões metropolitanas do país, com crescimento de 0,3%. Na atividade política, a participação da mulher também cresceu, fazendo com que o Brasil ficasse em 107º lugar no ranking mundial. A maior participação feminina na Câmara Federal é em Ruanda, com 48,8%, depois vem a Suécia, com 45,3%; a Noruega, com 37,9%; a Finlândia, com 37,5%; e em quinto a Dinamarca, com 36,9%. O Brasil é o país sul-americano pior colocado na lista, atrás de Argentina (9º), Guiana (17º), Suriname (26º), Peru (55º), Venezuela (59º), Bolívia (63º), Equador (66º), Chile (70º), Colômbia (86º), Uruguai (92º) e Paraguai (99º). Apesar disso, a mulher tem se candidatado mais e há leis que preservam espaços na legenda, com isso deduzimos, é necessário a maior participação do pai na criação do filho. Deixar o filho com a avó, mãe de quem detém a guarda, em vez de deixar com o pai, é coisa do passado. Psicólogos atestam, que pós-separação, é muito melhor para o desenvolvimento do filho, o contato em larga escala com os dois pais e não com avós, babás, tios e empregadas. A criação dos avós, além do vácuo da faixa etária, possue a distância de concepções. Gerações mudam (os seus valores) e geralmente os avós norteiam em suas ações regras do passado, enfim, da sua época. O litígio, a briga, como puderam perceber no início do texto, atinge um pequeno índice dos casais pós-separação. Psicólogos dizem que esta atitude tem o seu princípio na não desvinculação do casal, na verdade, casais em litígio e que brigam ao se separar, no fundo não têm certeza da separação e fazem da agressão, a sedimentação de sua falta de maturidade. Gostariam, na verdade, que sua situação fosse outra, ou de permanência com o ex, ou de maior valorização em termos de bens e pensão por este. A inteligência é ser amigo, pós-separação, este é outro fator singular. Notoriamente, casais que possuem laços de amizade pós-separação, enfrentam melhor este processo e dão maior suporte psicológico para o filho. Este por sua vez, se torna inteligente em todo esse processo e passa a explorar cada um dos pais da forma que melhor lhe convier. Se está na fase da adolescência, é manipulador, inteligente e perspicaz, e apenas na fase infantil é manipulado. Importante informar que existe no Brasil um Portal Informativo dos Pais Separados, noticiando tudo sobre separação (www.paisseparados.com). Existem também associações que orientam os pais na relação com os filhos pós-separação que são AMASEP - Associação das Mães Separadas do Brasil, Participais - Pais e Filhos Sempre Unidos (www.participais.com.br), Pai Legal (www.pailegal.net), Apase (www.apase.org), Pais Para Sempre (www.paisparasemprebrasil.org) e SOS Papai e Mamãe (www.sos-papai.org). Ainda, a título de informação, temos um Projeto em tramitação no Congresso Nacional, o PL 6350 de 2002 do Ex-Deputado e hoje embaixador em Cuba, Tilden Santiago, que objetiva a legalização da Guarda Compartilhada. O projeto já passou por algumas comissões e atualmente está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara. Portanto, neste mês em que comemoramos o Dia da mulher, enaltecemos a nova mulher e solicitamos novos atos às mulheres que estão lendo este artigo. Tenham consciência dos novos rumos tomados pela sociedade e como 91% vai deter a guarda, possibilitem a participação do pai na criação do filho pós-separação e minimizem as conseqüências deste ato. Nota do Editor: Anand Rao é editor do Portal Informativo dos Pais Separados (www.paisseparados.com), Diretor de Comunicação Social da Participais (www.participais.com.br) e jornalista.
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