Atraídos pelas ofertas dos múltiplos sabores e tamanhos de ovos Páscoa, os consumidores acabam se excedendo na compra dos presentes. Mas, para evitar exageros entre a garotada, os pais devem ficar atentos. O chocolate, ainda que benéfico se consumido com moderação, contém grande quantidade de gordura e açúcar (o diet tem o mesmo valor calórico, apesar da ausência de açúcar). Crianças com menos de um ano devem ficar longe de chocolate e, mesmo a partir dessa idade, a ingestão deve ser moderada para evitar riscos de diarréia, náuseas, má digestão, alergia alimentar (coceira e irritação da pele ou problemas respiratórios), orienta a nutricionista Flávia Bulgarelli, do Espaço Leve - Núcleo de Prevenção e Tratamento da Obesidade Infanto-Juvenil, de São Paulo. Pais e familiares podem fazer um acordo para impedir os excessos na Páscoa. Enquanto uns presenteiam com ovos de chocolate, outros oferecem opções diferentes de presente. "Coelhinhos de pelúcia ou livros com histórias da data comemorada são boas alternativas", sugere Flávia. O ideal, também, é que as crianças sejam estimuladas a repartir os ovos entre a família. Caso contrário, a guloseima deve ficar sob controle dos pais. "Outra idéia é negociar os dias de consumo, alternando com dias de brincadeiras, em que a criança gaste a energia acumulada", aconselha a nutricionista. "Reduzir a oferta de alimentos com pouco benefício nutricional evita o estímulo à formação de maus hábitos alimentares", instrui Anne Lise Dias Brasil, pediatra do Espaço Leve. Ou seja: o cuidado desde cedo com a alimentação das crianças pode prevenir aumento de peso e alteração do colesterol, triglicérides e doenças cardiovasculares no futuro.
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