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Crônicas
19/03/2006 - 11h27
Porte de arma
João Soares Neto - Agência Carta Maior
 

Ao ler, no pachorrento domingo passado, o caderno Veículos da Folha de São Paulo, deparei-me com a reportagem de capa sobre o Salão do Automóvel ora em consumação em Genebra, na Suíça. Não se preocupem, não vou falar dos veículos, seus modelos arrojados e futuristas, mas de uma observação quase solta, que mostra como é vista a segurança em nosso país. Ao comentar determinado modelo, cuja marca não vem ao caso, o repórter diz de forma corriqueira, acidental e banal que "o teto fechado ajuda em países violentos como o Brasil".

É assim como nos enxergam hoje, um país violento, ilhado pela desigualdade que gera insegurança individual e coletiva, o que está causando paranóia em muitas pessoas. Todos querem ficar fechados, isolados em suas casas gradeadas, com medo do que possa acontecer nas ruas, como se não bastassem os outros golpes comedidos por espertos.

Fiquemos apenas nas ruas. Hoje, todos conhecemos pessoas que foram vítimas de assaltos quando estavam aguardando em seus carros a abertura do sinal, dito semáforo. Todas as cidades têm pontos considerados "negros", isto é, onde os assaltos ocorrem com freqüência regular. A própria polícia nomina os cruzamentos perigosos e a imprensa os divulga. Assim, ao invés de eliminá-los, torná-los livres para todos, indica-se que é preciso contorná-los ou correr o risco.

Estar sitiado em sua própria cidade passa a ser um fato que pode modificar comportamentos de pessoas pacatas, responsáveis e sérias. Avultam os assaltos em transportes coletivos e em veículos particulares. Nesta semana, ouvi relato em roda de amigos, dito pela própria senhora assaltada, ao cair da tarde, voltando de seu trabalho, em uma avenida de grande circulação. Ouviu um grande barulho e teve dois vidros do seu carro quebrados simultaneamente por assaltantes. Um, quebrou o vidro traseiro esquerdo. O outro, o vidro direito, lado do passageiro, no banco dianteiro. Ao mesmo tempo, um roubava a sua bolsa que estava no chão traseiro do carro e, o outro, armado de uma faca, ameaçava-a e desferia palavras de baixo calão, tomando-lhe pertences, inclusive celular.

Atônita, tentou reagir e teve a sorte de sair viva, embora traumatizada. Em seguida, fez o registro da ocorrência na polícia, sem esperança de solução. Resolveu tomar uma atitude, vai fazer um curso de tiro e tentar obter um porte de arma, pois este foi o segundo assalto que sofreu.

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