Atualmente, a ilha Anchieta está passando por uma série de reformas em suas instalações, no antigo presídio, alojamentos, Projeto Tamar, pier de atracação de barcos e toda área terrestre de visitação. No mês passado, tivemos o Cleanup (limpeza das águas), evento que contou com a participação das operadoras de mergulho e embarcações para a manutenção e preservação do fundo do mar ao redor da ilha.

Nos últimos estudos foram catalogados aproximadamente 150 novas espécies de peixes e seres marinhos que habitam a ilha. O que podemos ver é que a cada mergulho que fazemos em suas águas notamos que vem crescendo a quantidade de peixes e animais marinhos na mesma. Com a pesca e caça submarina proibidas, os peixes podem desovar e manter somente a predação natural dos mesmos. Com certeza, podemos afirmar hoje que a ilha é uma exportadora de peixes de várias espécies, pois, quando atingem sua idade adulta, saem para fora a procura de outras águas onde são pescados no tamanho ideal para comércio.

A visibilidade de suas águas não são as melhores, ficando por volta de 5 metros nos meses de maio a outubro, chegando a 12 metros nos meses de novembro a abril, porém, a vida marinha e a quantidade de abrigos tornam a ilha um dos melhores locais da região. Possui fácil acesso, vários points de mergulho e praias paradisíacas, trilhas ecológicas e nela são praticados muito dos esportes ligados às atividades subaquáticas.

Falta muito a ser feito pela sua conservação. Temos certeza que, com a participação de todos, teremos em nosso litoral norte paulista, uma ilha modelo para outras de nossa costa brasileira. A ilha não pertence ao Parque Estadual, nem da União. Ela pertence a todos nós, e temos obrigação de preservá-la para os nossos filhos.

Você mergulhador ou não, venha conhecê-la, seus points, encantos e histórias. Tenho certeza que você vai gostar. E lembre-se:

Não existe nunca mergulho ruim. Todo Mergulho tem sempre algo para se ver e aprender! (Jacques-Yves Cousteau)