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Ano 2 - Nº 15 - Ubatuba, 20 de Dezembro de 1998
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· ADOÇÃO UM GESTO DE AMOR
  ESCOLA DE BOA QUALIDADE UM DEVER DO ESTADO

    Aládio Teixeira Leite Filho
    articulista@ubaweb.com


Países que enfrentam agruras econômicas e sociais, como é o caso do Brasil, naturalmente apresentam deficiências de acesso à informação para percentual considerável da população, especialmente famílias restritas às periferias, habitando favelas e palafitas que, auferem pouco ou mesmo nenhum salário e vivem por este motivo na linha abaixo da miséria, com incidência de proles numerosas, aspecto que complica ainda mais o dantesco quadro de pobreza a qual estas famílias estão submetidas.

Nesta perspectiva, percebemos que o número de crianças abandonadas em ruas, vendendo qualquer coisinha em sinais das grandes cidades, praticando pequenos furtos ou na melhor das hipóteses abandonadas em orfanatos é bastante grande, para constrangimento de um país que pelo seu potencial econômico, deveria apresentar uma situação um pouco menos dramática, contudo face a distribuição totalmente injusta, verificada no país onde uma minoria privilegiada fica com noventa e nove por cento do bolo e um por cento fica para ser repartido entre a grande massa da população, tem como resultado esta tragédia nacional que atinge principalmente nossas inocentes crianças quem em sua maioria são privadas dos pais biológicos por falta de condições socioeconômicas para criá-los, passam por todo tipo de privações, violências, prostituição, carência afetiva e definitivamente marginalizados, perecem ao Deus dará.

Para complicar ainda mais a situação dessas crianças que são abandonas pelos pais, ainda existe uma burocracia enorme, bolada por tecnocratas sem a mínima sensibilidade, que dificulta a vida das crianças e das pessoas que estão dispostas e objetivam adotar crianças abandonadas pelos pais que, quando têm a sorte de irem para um lar, passam a ter uma chance de terem um futuro mais promissor e feliz e nesse sentido existem vários casos de crianças que foram adotadas e que se tornaram pessoas importantes e bem sucedidas na sociedade, sendo que para isto ocorrer não precisa muito; basta carinho, atenção, possibilidade de acesso à educação e amor, muito amor!!!

Dentro desta conjuntura, é fundamental que nossas autoridades compreendam que não adianta arquitetar legislações paternalistas, as quais de certa forma chegam ser até coniventes com situações de violência praticados por menores, com o argumento de que tais atos são produtos da falta de oportunidade dispensada a parcela considerável da população brasileira na área de assistência social e educacional, mas antes, cuidar para que as questões de extremo deterioramento social seja ao menos abrandado e principalmente, urge que políticas sérias e eficientes na área da educação sejam implementadas, posto que enquanto permanecer o quadro de horror que ora impera no setor educacional do país de forma geral, o qual tem como única e exclusiva preocupação, perdoem o pleonasmo, auferir resultados estatísticos positivos tanto no que tange a aprovação de alunos quanto deter de forma ficcional a evasão, já que muitos alunos ficam a margem da escola e no final do ano são procurados em casa e formalidades burocráticas são regularizada as pressas o aluno passa a constar como freqüente com o agravante de ainda serem promovido de série, numa inequívoca demonstração de descompromisso com a grande massa de brasileiros, que com a formação que vêm recebendo nas escolas públicas estão completamente alijados do mercado de trabalho, que tende cada vez mais a sofisticar-se e, como contrapartida exigindo mão de obra especializada ou no mínimo, mais bem qualificada, continuaremos a reproduzir o escandaloso quadro em que crianças permanecem abandonas nas ruas, embaixo de pontes e viadutos, tendo como única possível possibilidade de escaparem da miséria total, a adoção.Fim do texto.
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