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COLUNISTA
Evely Reyes
06/12/2017 - 06h38
Um ilustre ubatubense de coração
 
 
Márcia Martino 

Às vezes demoramos muito a descobrir qual o propósito de estarmos aqui, porque neste mundo desordenado em que vivemos, o que nos ensinam é o despertar para a competição, o ser feliz pela aquisição de coisas materiais e sempre manter o foco no que exalte o egoísmo.

Muitos já estão cientes do motivo a que vieram e com toda a sabedoria que lhes é nata, conquistam patamares e embelezam tudo ao seu redor, com o melhor que têm para oferecer.

Um destes indivíduos abençoados pelo Universo é Flávio Girão de Carvalho, perto de completar seus 93 anos de idade, no próximo 03 de fevereiro.

Nascido em São Pedro-SP, muito cedo encantou-se com Ubatuba, pedaço de paraíso, localizado no litoral norte do estado de São Paulo. Engenheiro agrônomo, perito judicial e escritor, iniciou sua trajetória no município, como assessor do prefeito Francisco Matarazzo Sobrinho, no período de 1965 a 1967, época de ouro da cidade, em que se deu a captação de água da cachoeira dos Macacos, e foram construídos os prédios da Prefeitura, Ginásio, Centro Esportivo Tubão, Delegacia, Estádio Municipal, Centro de Convenções no Horto Florestal, e dentre tantas outras obras, inclusive a estrada do Monte Valério.

Homem de visão, arrojado e trabalhador incansável pelo bem da cidade, Flávio Girão de Carvalho, como secretário municipal de Cultura, na gestão do prefeito Pedro Paulo Teixeira Pinto, no ano de 1987, foi o principal responsável pela existência da FUNDART - Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba, com a grata alegria de ser o primeiro presidente, de 1987 a 1989. Instituição de vanguarda no Litoral Norte, no decorrer dos anos que se seguiram, teve papel fundamental no planejamento e execução de políticas culturais, nas mais abrangentes perspectivas e idealizações.

A Lei Municipal nº 893 de 25 de novembro de 1987, foi efetiva para sua criação, transformando-a numa fundação pública de personalidade jurídica privada, administrada por Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo e com a responsabilidade de gerir o Sobradão do Porto, das Ruínas da Lagoinha, do Museu Histórico “Washington de Oliveira”, da Biblioteca Municipal “Ateneu Ubatubense”, do Memorial Ciccillo Matarazzo e do Antigo Fórum – atual sede da Fundação.

Mas, nosso ilustre ubatubense de coração não parou por aí e sempre foi muito corajoso. Também contribuiu com a revitalização da Biblioteca Ateneu Ubatubense, do Museu Hans Staden e outros movimentos culturais da cidade.

Apaixonado pelo município, expressava o seu amor de todas as formas possíveis, agregando valores e abrindo novos horizontes para todos os que se interessassem por mais cultura e educação, caminho para a evolução de qualquer comunidade.

Autor dos livros “Rumos e rezas - contos do mar”, “Ao longe o mar”, “Veia poética - antologia” e “Ossos da sede”, foi ainda, colaborador do Correio Paulistano, O Estado de São Paulo, O Estado de Belo Horizonte, Correio Mercantil de Juiz de Fora, Vale Paraibano, Revista Braziliense e Revista Igarati.

Tive o imenso prazer de conhecer Flávio Girão, poucos anos depois de fixar-me com residência em Ubatuba, e fiquei agradecida por conquistar sua amizade, bem como, de acompanhar não só suas atividades, como o sorriso puro e carinhoso, do verdadeiro poeta em ação que sempre foi.

Mas, por estes dias, fiquei perplexa ao saber que no aniversário de 30 anos da FUNDART, este homem, que mais uma vez foi seu presidente, no ano de 2001 e recebeu o título de Cidadão Ubatubense da Câmara Municipal, em novembro de 2005, não foi homenageado e sequer teve seu nome citado nas festividades realizadas.

Como seria possível esquecer tudo de bom que por ele foi realizado como idealizador e à frente desta Fundação?

Estaria mal informado o bem-te-vi indignado que me veio contar notícia tão triste, ou isto faz parte da amnésia que assola o país, para ficarmos cada vez mais reféns de nossa própria ignorância?


Nota do Editor: Evely Reyes Prado, reyesevely@yahoo.com.br, paulistana, formada em Direito pela PUC-SP, morou em Ubatuba por vinte anos, onde aposentou-se pelo Tribunal de Justiça - SP e foi integrante da APAUBA - Associação Protetora dos Animais de Ubatuba. É autora de contos em Antologias diversas, e dos livros “Tudo Tem Seu Tempo Certo” e “Do Um ao Treze”, encontrados através do site www.scortecci.com.br.
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