Repetir uma mentira à exaustão para que pareça uma verdade - (Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Adolf Hitler) Afirmar, conforme faz a Srª Gulli em sua carta de 15/02/07 e as outras pessoas que também defendem a construção da cobertura da "Feira de Artesanato e Produtos Afins", que apenas "meia dúzia" de pessoas (mesmo considerando este número apenas uma figura de retórica) são contra, é uma grande balela. Em que tipo de consulta válida se baseia essa afirmativa? O que precisamos é focar esta discussão. Que deve ser anterior à construção da cobertura. O desenvolvimento da cidade e a obra de "modernização" da orla nos levam ao primeiro ponto: será que ainda cabe naquele espaço, aliás bastante nobre, este tipo de ocupação? Não seria melhor que outra área seja destinada a este fim, liberando o espaço, que é um bem público, para que os cidadãos possam utilizá-lo da melhor maneira que lhes convier a qualquer hora e tempo? Será que não se deve exigir que a feira seja efetivamente ocupada apenas por artesãos, com a retirada dos "produtos afins"? Não podemos descuidar da parte legal desta discussão. A União já se manifestou, através do Serviço de Patrimônio da União, contrária a esta ocupação (ver cópia do ofício publicada neste site), e a legislação municipal atual não permite que a área seja utilizada desta forma, pois trata-se de Z1. E como esquecer a paisagem? A cobertura obliterará a visão da Baía de Ubatuba, tão linda!!!! Qual a efetiva necessidade dessa obra? Se observarmos que uma das primeiras e mais conhecidas feiras de artesanato deste país, a "Feira Hippie" da cidade do Rio de Janeiro, visitada por turistas de todo mundo, não possui cobertura, porque ela seria necessária aqui? A sociedade precisa ser chamada a participar da análise de todos estes aspectos. Sem o debate aberto, jamais saberemos quantos são contra. Arq. José Marques Mendes Eng. Carlos Augusto Malheiros
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