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Terceiro Setor
07/07/2007 - 06h09
Cooperativismo e sustentabilidade
Daniel Augusto Maddalena
 

No dia 7 de julho é comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo (primeiro sábado de julho). Celebrada em todo o mundo, a data marca um ideal humanitário, um fruto de cunho sócio-econômico. A ocasião nos leva de volta ao passado e faz lembrar as raízes que inspiraram o nascimento de um modelo de negócio de sucesso; um modelo que carrega em seu DNA a constante preocupação com o atendimento às necessidades humanas, sociais e econômicas; um sistema de política participativa baseado, talvez, em exemplos gerados pela sociedade muito antes de serem criadas as primeiras estruturas ditas democráticas nas nações.

A essência de tal sistema é, também, o cerne de uma sociedade organizada. Ambos têm como base a colaboração mútua entre pessoas com determinada necessidade, de maneira a se gerar um benefício comum, de usufruto de todos. O respeito ao próximo é o fio condutor do modelo de negócio. Onde há a preservação de tais ideais, esforços conjuntos para se vencer obstáculos e resultados repartidos de forma proporcional ao empenho nota-se também o princípio fundamental do que hoje estamos nos acostumando a entender como sustentabilidade.

Tal termo, relativamente novo, agora na moda, tem relação direta com o cooperativismo. Afinal, não há como pensar em modelo sustentável sem passar pelos princípios universais do sistema, e vice-versa. Onde falha o Estado, o sistema autogerenciado do cooperativismo tem força e potencial suficientes para assumir, por suas mãos, os trabalhos que devem ser realizados para o alcance dos objetivos que irão atender a comunidade que deles depende.

Antes de se tornar um modismo, insuflado pela consciência ambiental que parece começar a permear todos os discursos, a sustentabilidade já era princípio corrente entre os milhões de sociedades cooperativas por todo o planeta. A cooperação mútua entre os participantes de cada uma dessas sociedades proporcionou aos mesmos a sustentação de seus ideais e, principalmente, de suas vidas. Exemplos comprobatórios não faltam.

Sociedades cooperativas habitacionais puderam sustentar o sonho da casa própria para milhares de cooperados que delas se valeram, em esforços e poupança conjuntos, para construir suas moradias, em total sucesso frente aos mal estruturados planos de moradia dos governos. Na área da saúde, o modelo cooperativista pode proporcionar acesso a um sistema digno de atendimento a seus associados - qualidade essa nem sempre oferecida pelo Estado.

As cooperativas de trabalho resolveram a vida de milhões de trabalhadores, pais de família, que jamais puderam contar com o apoio e ajuda governamental. O modelo cooperativista continua sendo a solução para muitos, mesmo tendo que enfrentar a máquina estatal, que não admite perder seu status de empregatícia, para não perder arrecadações que a sustentam.

No setor de transporte, sociedades cooperativas preencheram as lacunas deixadas pela administração de grandes centros populacionais, que foi incompetente para equacionar tal problema. O mesmo aconteceu no setor financeiro. Cooperativas de crédito beneficiaram trabalhadores alijados do sistema bancário, público e privado, possibilitando o financiamento de milhares de empreendimentos a juros mínimos, longe da ganância dos banqueiros de plantão. Outros inúmeros exemplos de atividades econômicas usuárias do sistema cooperativista surgem a cada dia e, através desse modelo de sustentabilidade, progridem e proporcionam benefícios para quem nele interage.

Se o termo "sustentabilidade" ditará mesmo a "nova ordem mundial", o mesmo deve ter o cooperativismo como grande arcabouço de uma experiência comprovadamente eficiente. Só discurso não gera os resultados necessários, tampouco se constitui fator gerador do sucesso esperado. O momento é de celebração. O modelo cooperativista completa mais um ano de grande ajuda ao desenvolvimento nacional. É bom que comemoremos esse Dia Internacional do Cooperativismo com a luz da atualidade. A sustentabilidade do sistema dará o espaço necessário para esse espetáculo que nos cerca.


Nota do Editor: Daniel Augusto Maddalena é consultor especialista em cooperativismo e empreendorismo.

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