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COLUNISTA
Carlos Rizzo
12/12/2007 - 10h00
A poesia dos sabiás
 
 
 
Carlos Rizzo 
  Sabiá-laranjeira - Turdus rufiventris.

Dalgas Frisch é um dos pioneiros na ornitologia e na observação de aves no Brasil. Sua extensa obra não pode ser esquecida por qualquer pessoa que queira conhecer as aves brasileiras e a sua história. Como toda pessoa que se dispõe a estudar um assunto específico, Dalgas é uma pessoa controversa e pivô de inúmeras polêmicas. Seja qual for o sentimento, o trabalho de Dalgas Frisch é digno de respeito.

Outro dia assisti Dalgas numa entrevista. Numa praça de São Paulo ele explicava como e por que o sabiá-laranjeira é a ave símbolo do Brasil.

Existe uma forte oposição quanto a escolha do sabiá e são muitos os defensores da ararajuba (guaruba guarouba) por ser uma ave exclusivamente brasileira e a única com as cores do pavilhão nacional.

Dalgas foi simples e direto: quem de nós já viu, ou terá a oportunidade de ver, uma ararajuba? E quantos de nós podemos ver e ouvir um sabiá-laranjeira?

Naquela praça em plena cidade de São Paulo, Dalgas apontou para um sabiá e atentou para o canto:

“- É maravilhoso! Uma criança que ouve o canto do sabiá, não importa a idade, terá seu coração inundado pela poesia e quando adulto, se algum dia se esquecer de colocar poesia em sua vida, sempre será lembrado pelo canto do sabiá”.

Quem não concordar com isso é só parar alguns minutos no final do dia e dar atenção para os sabiás que estão cantando nesta época do ano. Um minutinho. Garanto que vai mudar de idéia e concordará com Dalgas Frisch. O canto do sabiá é um dos mais melodiosos entre todas as aves e eles cantam com gosto e prazer.

Nesta época do ano eles estão nidificando, exclusivo é o carinho pelos filhos como podemos ver pela foto, mas a alegria está para todos ouvirem em toda parte, é só parar e se deliciar com a poesia do canto do sabiá.

Tempos atrás a Soraya Pieroni conseguiu a cópia digital dos dois primeiros LP’s do Dalgas Frisch “Vozes da Amazônia” e “O lendário paraíso do índios” lançados na década de 60, foram recordistas em vendas e são marcos históricos na ornitologia brasileira. Quem quiser uma cópia (55 Mb) é só mandar um e-mail.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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