A sociedade brasileira cada vez mais toma consciência da importância em se posicionar e exigir ética e transparência em todas as atitudes, atos e ações dos diversos setores de nossa sociedade. Denúncias realizadas no país têm deixado uma imagem desconfortável sobre a atuação das organizações não governamentais. Tal questionamento em torno do Terceiro Setor se dá por seu crescimento exponencial, pela precariedade da fiscalização que sofrem e se o investimento do dinheiro está de acordo com as atividades afins a que se destinam. O grande questionamento do Terceiro Setor se dá pela vertiginosa proliferação de ONG’s sem que haja o necessário aumento de fiscalização. O que se questiona é a transparência e correção no trato do dinheiro de mantenedores públicos e privados, por quem quer que o acesse. As poucas ONG’s "pilantrópicas" acabam por denegrir todo trabalho e imagem de um setor. A falta de eficácia e transparência na administração desses recursos acaba por comprometer a legitimidade do setor e pode até colocar em risco seu trabalho. Os constantes escândalos relacionados a desvio de dinheiro, do não-cumprimento de padrões mínimos de qualidade e até de organizações criadas para fins ilícitos, elevaram as preocupações da utilização do dinheiro arrecadado, gerando a necessidade de se assegurar transparência, eficiência e eficácia nos fundos conferidos a estas organizações. A metodologia de certificação NGO Benchmarking provê às agências doadoras, organizações do Terceiro Setor, assim como mantenedores públicos e privados uma avaliação independente de desempenho das entidades com base em pontos objetivamente verificáveis extraídos de uma série de Códigos de Boas Práticas e Padrões Internacionais do Terceiro Setor. Muito mais que uma certificação, o NGO Benchmarking é uma ferramenta de gestão. Visa estabelecer critérios objetivamente verificáveis para um adequado gerenciamento do Terceiro Setor. Significa que a organização está alinhada e que atende a uma metodologia internacional. Mais do que nunca o Terceiro Setor deve quebrar este paradigma de incapacidade gerencial. Nota do Editor: Sarah Duarte é Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie. Especialista em gestão de projetos e desenvolvimento de novos negócios. Atua como consultora de marketing e logística. Gerencia e coordena na SGS do Brasil a Certificação de Transparência e Ética para o Terceiro Setor - NGO Benchmarking.
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