Para quem é avesso à política, tento convencer, com algum esforço, que nem tudo é movediço neste campo. Há muitas artimanhas, sabemos. Atitudes torpes, também, integram o rol dos itens repugnantes. Mas, um dos aspectos positivos, é a enorme possibilidade de construir bons relacionamentos, alicerçados no respeito recíproco. Por isso, agradeci ao Guilherme de Assis pelos comentários (Um debate sobre Ubatuba) que teceu ao meu último artigo (Eleição). O teor de suas palavras confirma que o debate político pode ser construtivo, quando civilizado. É claro que já definimos os nossos candidatos, revelando que estamos em campos opostos. Mas o importante é que firmamos posição, sem receio de expor o pensamento. Este exercício democrático é salutar e mereceria ser vivido com mais intensidade. Sinto falta de mais vozes manifestando-se nestas horas, principalmente as dos jovens. Sei que incontáveis exemplos ruins afastaram muita gente séria e bem intencionada do debate político. Mas, acredito, não é possível ficar distante do jogo, como espectadores indiferentes às ações que definirão o nosso futuro. Quanto ao nome do candidato, fica por conta do discernimento e da leitura que cada um faz do cenário político. Considero que Eduardo César, além dos aspectos que já citei, apresenta melhores condições de promover mudanças estruturais e dar espaço para o surgimento de novas lideranças. A velocidade destas ações será diretamente proporcional ao envolvimento da sociedade em torno de um programa de governo que, na prática, significará o cumprimento do Plano Diretor. E, para estimular tal envolvimento, creio que o atual prefeito tenha maior habilidade política do que os nomes em evidência para a disputa majoritária. Quanto à gestão pública, propriamente dita, a única opção é a profissionalização extrema, caminho que Eduardo certamente irá seguir.

Celso de Almeida Junior
celsojrdsc@bol.com.br
Ubatuba, SP