Retomo este espaço para escrever sobre a repercussão do meu mais recente artigo “Impressões que tenho, aqui do Vale” e que gerou tanta discussão. Em primeiro lugar fico feliz ao saber que minha opinião tem tanto peso e repercute tanto, não imaginava que fosse causar tanto alvoroço apenas por algumas traçadas linhas. O texto escrito por mim teve apenas o objetivo de levantar algumas questões e discutir outras e, pelo que parece, obteve resultado. Isso é política, isso é democracia: o confronto de idéias e posições. Bem, quanto ao que disserem, cabem algumas colocações. Fui chamado de pára-quedista. Desculpe-me o nobre editor, mas depois de 12 anos de trabalhos diários discutindo as questões de Ubatuba pela Rádio Costa Azul, e hoje tentando levar o nome de Ubatuba por onde passo aqui pelo Vale do Paraíba, tendo minha família morando na cidade e freqüentando o município periodicamente, não posso me considerar como tal. Muito pelo contrário. Quanto aos diretórios estadual e municipal do PTB, e em relação ao que disseram a meu respeito, fico feliz com a postura da direção estadual do partido, que ao falar sobre o artigo formula opiniões até divergentes, mas em alto nível de discussão, enquanto o diretório municipal, a meu ver, mostrou despreparo com o texto e intimidade com as palavras. Sobre o que eu disse, continuo reafirmando: liderança política que não recebe resposta positiva nas urnas fica enfraquecida e, por mais que tenha potencial, Tato, para mim, ainda está longe de ser a liderança que propaga. Não é nada pessoal, pelo contrário, a avaliação é unicamente política. Aproveito para falar: colocar Roberto Jeferson participando de propaganda eleitoral, depois de tudo o que aconteceu, ou foi uma brincadeira, ou uma escolha bastante infeliz. Sobre o vereador Charles Medeiros, digo que admiro muitas de suas ações como político. O vejo como uma liderança e se disse que poderia estar galgando espaços maiores é porque vejo potencial, mas um potencial que pode acabar desperdiçado ao perder oportunidades, como a possibilidade de ser liderança da atual administração, ou deputado, ao perder a oportunidade de ter saído candidato por um erro de estratégia, no meu entendimento. Sua saída e a volta ao PSDB parece ter enfraquecido não o vereador, mas as opções políticas que faz, como se estivesse inseguro de que posição tomar em determinados momentos. Tudo isso em um entendimento bastante particular. Sobre o PT e as colocações feitas pelo coordenador regional, Salvador Soares, vejo o partido sem a paixão que o coordenador expõe. O Brasil tem tido ganhos, mas a imagem de austeridade, honestidade à toda prova e tantas outras coisas que o PT sempre propagou, hoje, no mínimo, são vistas com ressalvas. Haja vista os escândalos dos últimos anos. Sobre o que foi dito por Salvador, gostaria de explicar que a função do jornalista é sim informar, mas o direito à crítica jornalística é constitucional, logo, tenho o direito de emitir minhas opiniões. Aliás, como todos, à luz da Constituição, têm. No texto escrito por ele, pode-se perceber que não desmente nossa conversa, logo, não inventei, nem tirei da cartola a impressão que me foi passada e, posteriormente, divulgada. Respeito a opinião do coordenador sobre a candidatura de Maurício Moromizato e reafirmo que respeito o pré-candidato do PT e acredito que possa a vir a ser um nome interessante, mas reafirmo que de forma particular vejo que ainda é cedo demais. Não estou sendo tendencioso, apenas expressando minha opinião, caro Salvador. Se ela diverge da sua, é normal, isso é democracia. Quanto ao tal de Bacurau, não sei quem é, nem me interessa saber. E para reafirmar: lembro que no “volta que eu voto”, só espero que Ubatuba não volte a freqüentar as páginas policiais. Melhor, que não volte, pra não correr o risco de receber votos e Ubatuba de tê-lo novamente no poder. Ednelson Prado Jornalista ednelsonprado@srprado.com
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