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COLUNISTA
Herbert Marques
25/06/2008 - 15h04
A morte banalizada
 
 

Há muito a morte é banalizada em nossa sociedade, quer pela ação de terceiros – homicídio -, quer pelo trânsito, um dos maiores matadores, pela guerra, aparentemente em desuso, sabe-se lá por quanto tempo e outras atividades perversas do homem. A humanidade gasta bilhões em avanço tecnológico para preservar a vida e ao mesmo tempo, na esquina, mata-se por nada. É estranho o ser humano.

Recentemente fomos abalados pela morte de três rapazes em uma favela do Rio de Janeiro, entregue que foram por soldados das Forças Armadas para bandos rivais que após torturarem, impiedosamente mataram-nos com tiros a queira roupa. Este episódio está provocando uma reflexão nos cientistas sociais e de imprensa em geral, todos voltados para uma triste memória dos agentes causadores do fato criminoso – as Forças Armadas -, até recentemente matadores ideológicos postos em toda esquina, sempre prontos para dar cabo a vidas preciosas que se foram em troca de uma ideologia, hoje em desuso, o comunismo, ou a subversão como chamavam à época.

Que vidas foram ceifadas naquela época e estão sendo exterminadas hoje? Jovens. Todos jovens, quer matadores, quer sacrificados. O sargento que chefiava a milícia na oportunidade dos fatos conta com 24 anos e os executados, dessa idade para baixo. Daí a conclusão lógica de que a juventude é a grande vítima dessa banalização. Nós brasileiros, estamos nos destruindo pelos instintos mais baixos do ser humano. A eliminação do semelhante por motivos banais.

Caminhos? Desconfio que nenhum para o momento. Nossa sociedade peca pela falta de existência daquilo que os criminalistas chamam de freio inibidor. O homem, na visão do sociólogo espanhol Mira e Lopes, tem vários gigantes adormecidos dentro de si que quando despertados levam o ser humano a prática do ódio, da ira, da inveja e da cobiça. Esse freio inibidor que detém esses monstros adormecidos dentro de nós tem vários nomes, sempre personificados na ética, na educação, na família e outros valores menores que permeiam a vida de todo ser humano. Estão nos faltando todos, estamos com nossos gigantes à solta, daí a razão dessas barbaridades.


Nota do Editor: Herbert José de Luna Marques [1939 - 2013], advogado militante em Ubatuba, SP.
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