Nunca acreditei na segurança das urnas eletrônicas. Após os questionamentos, problemas, erros detectados e incertezas criadas, em Ubatuba; assim como as fraudes denunciadas, pelo Brasil afora, a incredulidade aumentou exponencialmente.

Milhares de escribas, por todo Brasil, tem se manifestado, sobre falhas e fraudes e solicitado sistemas de aferição que garantam, ao eleitor, o caminho que seguiu o seu voto.

Nosso vizinho, Paraguai, as rejeitou, no último pleito, pelos erros e falhas, apresentados em eleições anteriores. Li que teriam argumentado: “Gato escaldado foge de água fria”.

Após tantos erros, cabe a nós, cidadãos e eleitores, solicitar do Tribunal Superior Eleitoral – TSE - aperfeiçoar o sistema e fazer, como já acontece nos depósitos em caixa eletrônica e nos pagamentos feitos com cartão de crédito, que a urna emita um recibo informando em quem o eleitor votou. Recibo que, conferido pelo eleitor, seria depositado em urna comum devidamente lacrada. Não coincidindo, o voto emitido com o recibo, a reclamação seria imediata e as providências tomadas na hora. Caso surgissem dúvidas posteriores haveria um modo de fazer auditoria e verificar se a fita confere com os recibos emitidos e depositados na urna comum. Outros milhares de soluções existem. O que não pode continuar é, o eleitor, não saber para quem foi seu voto.

Como escreveu Dirceu Cardoso Gonçalves: “O eleitorado brasileiro só se sentirá tranqüilo e confiante em relação ao voto eletrônico no dia em que este puder servir de parâmetro de segurança para outros meios computadorizados. Será que - por exemplo - o sistema bancário, que perde milhões em fraudes, não adotaria a tecnologia de segurança das urnas se restasse comprovada sua real eficiência e confiabilidade? Do ponto de vista social, a eleição é mais importante do que o dinheiro dos bancos.” (A urna eletrônica, uma incógnita - O Guaruçá, 09-10-08)

Devemos exigir o aperfeiçoamento do sistema. O eleitor não pode levar tanta incerteza para casa, nas futuras eleições.

VIVA UBATUBA! Sem dengue e sem caluniadores.

Corsino Aliste Mezquita
corsinoaliste@hotmail.com

Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.