Prezado Seu Grilo, Muito obrigado por sua manifestação, acho que as contestações e o debate público só enriquecem os objetivos da imprensa, vamos, pois, agressividade e ironias à parte, ao conteúdo das suas indagações. Em primeiro lugar, o sistema eleitoral vigente que determina procedimentos diferentes para a mesma ação é um absurdo arranjado no Congresso Nacional para eternizar currais eleitorais. Cidades pequenas com turno único sempre elegerão quem pode mais. E note meu caro que elas são a grande maioria “neste país”. A correção desse e outros vícios da legislação eleitoral faziam parte da campanha política do atual governo federal sob o nome de “Reforma Política”, entretanto, face a novas conveniências junto ao Congresso, a tão prometida e necessária reforma foi mais uma vez empurrada com a barriga. Portanto, qualquer reclamação sobre o tema deve ser dirigida não a mim, mas ao Palácio do Planalto onde reina o comandante supremo dos interesses políticos dos parlamentares. Em segundo lugar, cestas básicas eleitoreiras, mal direcionadas, terceirizações questionáveis, abuso de poder, perseguição de órgãos de imprensa independentes e tudo mais que for considerado irregular perante a lei ou perante os direitos do cidadão, para serem efetivamente corrigidos não devem ser cobrados dos adversários políticos, e sim, utilizada a ferramenta constitucional prevista no artigo 127 da Constituição Federal: “O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.” Como vê é mais uma tarefa do cidadão consciente independente do momento eleitoral, qualquer que seja. Em terceiro lugar, eu concorri às eleições por um partido político sim, pois é a única forma legal de se propor a um cargo eletivo e onde se poderá interferir para fazer as reformas necessárias. Que mal há nisso? Quanto a SABESP sabemos que existe planejamento para suas ações, mas todo planejamento tem também suas prioridades. Órgão político tem prioridades políticas. Sugiro uma consulta ao site da SABESP onde verá o ridículo índice de atendimento ao Litoral Norte nos mais de 30 anos de vida da empresa, o que revela que não temos tido a menor força política naquela empresa. É questão de PENICAÇO nas ruas e debates permanentes entre cidadãos nas reuniões apartidárias que sugeri no meu artigo. Cordialmente, Renato Nunes renatonunesarq@terra.com.br Nota do Editor: Este e-mail é resposta ao texto E agora, Seu Renato?, de Rui Alves Grilo, publicado n’O Guaruçá.
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