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COLUNISTA
Carlos Rizzo
10/12/2008 - 07h00
Caríssima dona Amélia Olaio
 
 

Tantas vezes consegui escapar e desta não teve jeito, a Marina conseguiu me entregar. Depois de tantos anos recebo o seu bilhete me repreendendo pelos meus erros. Desde lá antevia a bronca e, desde lá a senhora já sabia a minha resposta. Não sou contra a ordem alfabética. A falta de dinheiro me obrigou a publicar a lista das aves de Ubatuba de 2002 obedecendo somente a ordem das famílias das aves e sem que tivesse a chance para incluir um índice em ordem alfabética.

Falta de dinheiro, dona Amélia, só isso, nada mais.

A senhora se foi e não pude mostrar que corrigi o erro publicando a lista de 2006 com um índice remissivo que possibilita a consulta com qualquer nome com que se conheça a ave a ser anotada.

As outras coisas que a senhora sempre me chamou a atenção, continuo atento. Cada vez que insiro um parágrafo lembro dos seus puxões de orelha. Sua ausente presença está lá, na ponta do dedo a teclar cada espaço normativo para o início das frases.

A senhora continua presente a cada vez que vejo um Lophornis e atento para as cores das penas na esperança que vamos nos encontrar para lhe dizer cada cor avistada.

Sinto falta da senhora, tanta coisa acontecendo e ninguém para conversar como a gente conversava, de um ponto muito adiante para uma conclusão fora do alcance dos olhos comuns. Conversas sempre encerradas por um sorrizinho me dizendo: um dia você chega lá.

Hoje sem a senhora a me construir tenho que continuar a me dizer: um dia chego lá!

Fazer o quê? A vida nos impõe assim. Espero que aí, junto do Senhor, tenha muitas aráceas para os seus desenhos, espero que tenha o Lophornis a lhe expor os ansiados detalhes e que haja muitos textos humanos para traduzir para a linguagem celestial. A senhora conhece muito bem os dois idiomas e saberá explicar nossas absurdas atitudes ao séqüito divino para que eles colaborem com o Senhor a nos proteger.

Tenho a certeza que a senhora está feliz com o sucesso das “aves de Ubatuba”. Desde o começo sempre foi grande incentivadora com o seu entusiasmo e críticas construtivas, tanto que, passados tantos anos os seus conselhos são carinhosamente bem-vindos.

Saudades.


Nota do Editor: Carlos Augusto Rizzo mora em Ubatuba desde 1980, sendo marceneiro e escritor. Como escritor, publicou "Vocabulário Tupi-guarani", "O Falar Caiçara" em parceria com João Barreto e "Checklist to Birdwatching". Montou uma pequena editora que vem publicando suas obras e as de outros autores.
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