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COLUNISTA
Alex Frederick
30/06/2011 - 16h04
Amor de Chico
 
 

Com um inusitado apelo de marketing involuntário, chega às lojas neste mês de julho, o novo disco de Chico Buarque de Holanda, que traz na música “Querido Diário”, o que está sendo considerado por muitos como um dos piores versos da MPB.

“Por uma estátua ter adoração / Amar uma mulher sem orifício”, vem causando diversos comentários pouco elogiosos ao artista.

De fato este verso pode tranquilamente se juntar a outros digamos assim, pouco felizes da nossa MPB. “Foi por medo de avião que eu segurei pela primeira vez na sua mão” do Belchior e “Mulher nova bonita e carinhosa, faz um homem gemer sem sentir dor” do Zé Ramalho, são alguns exemplos.

Apesar do possível escorregão, onde para rimar com sacrifício, palavra usada no verso anterior, Chico tenha usado o termo mulher sem orifício, fazendo uma possível leitura edipiana a sua música, Chico Buarque de Holanda chega aos seus já quase 70 anos de vida, cobertos de êxitos.

Desde o começo da carreira, lá pelo fim dos anos 50 e início dos anos 60, quando Elvis Presley arregimentava fãs por todo o mundo com seu colonizante Rock’n’Roll, Chico Buarque optava pela bossa nova de João Gilberto e pelo samba vindo dos morros cariocas, mantendo uma postura bem brasileira em toda sua obra até os dias de hoje.

Cantou o amor, o desamor, a alegria do carnaval, a tristeza da dor e, sobretudo o homem e a mulher como protagonistas de seu tempo.

Apesar de músico, escritor e poeta, é dele também um dos pronunciamentos políticos mais fantásticos e emblemáticos dos últimos anos, proferidos em terras brasileiras. Para uma platéia de petistas presentes, e para quem mais quisesse ouvir no país inteiro, ele declarava seu apoio a um governo que nas suas palavras, não cortejava os poderosos de sempre, não desprezava os sem terra, os professores, os garis. Um governo que fala de igual para igual com todos, que não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai. - Grande Poeta.

O novo álbum que se chama “Chico”, está sendo lançado pela gravadora Biscoito Fino, traz uma novidade na carreira do artista. Ele está sendo disponibilizado antecipadamente para pré-venda, na sua página oficial, trazendo vários elementos da construção do disco, como capa, músicas, fotos e entrevista.

Se não bastassem todas estas qualidades, mais uma vem somar a sua extensa lista. Em entrevista, o roqueiro Lobão revelou-se um ferrenho crítico da obra do poeta. Mais um ponto para o Chico.


Nota do Editor: Alex Frederick Cortez Costa (fredcortez@uol.com.br) reside em Ubatuba desde 1996.
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