Em relação ao título acima, de autoria do Sr Professor Rui Alves Grilo, esclarecemos que, concordamos com o distinto professor "Os abutres não são os professores" e também que "professores não são abutres". No texto, de nossa autoria, "Cuidado com os abutres" não consta essa asserção, nem direta nem indiretamente, como pretende dar a entender o ilustre professor Rui Alves Grilo. Aprecio demais a classe, a qual pertenci durante mais de quarenta anos e pela qual lutei e continuo a lutar, para cometer com ela essa indelicadeza ou desaforo e insultá-la com qualificativos tão violentos. O artigo não qualifica ninguém individualmente ou profissionalmente. Fala em tese. Os que escrevemos artigos ou ensaios não temos a pretensão ou ilusão de que os leitores concordem plenamente com nossas idéias. A discordância leva ao enriquecimento mental e à criação de novas idéias. Ideais de todos aqueles que filosofamos. Todo escriba espera que seus leitores interpretem e assimilem seus textos no contexto em que são redigidos e publicados. O Sr Professor deve concordar com esse ideário. No nosso artigo não discorremos sobre teorias educacionais. Não o fizemos sobre políticas educacionais públicas ou privadas. Também não avaliamos o que funciona ou não funciona na educação ou nas escolas. A mensagem do texto é clara e retilínea: "As verbas da educação devem ser aplicadas de acordo com a lei. Para evitar os desvios que, historicamente tem acontecido, os gestores públicos deverão ter cuidado com as costumeiras desculpas para praticar esses desvios." O texto denomina seus autores de "abutres". Divagações paralelas, ao que foi afirmado no texto contestado, podem ser interessantes e até sábias. Por estarem fora do contexto serão por nós considerados arroubos poéticos. Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.
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