Via Internet      Beatriz (Glória Pires) e Inês (Adriana Esteves).

Todo mundo gostaria que suas vidas fossem recheadas apenas com tranquilidade e sossego, para que com isso os níveis de ansiedade possam estar mais superficiais e menos nocivos. Mas segundo o psicólogo e escritor Alexandre Bez, a inquietação interna tem uma força maior que controla todos os impulsos. “Esses impulsos são comandados pela ordem que emana do cérebro e se origina na forma de obsessão. A mente então começa a ser inundada por idéias e pensamentos incontroláveis, onde geram uma tensão constante, fazendo com que toda a energia e força da pessoa se volte em direção ao alvo de sua obsessão”, afirma o especialista.

Mas como a obsessão não age sozinha, ela permite que se viabilize a compulsão. “Esta compulsão provoca um estado de angústia extrema determinando de maneira sumária, que a pessoa execute as idéias que se originaram em seu aparelho mental, na sua forma física, ou seja, concluindo a ação correspondente ao que fora criado na imaginação”, diz Bez.

Esse quadro piora consideravelmente quando outros componentes negativos psicológicos estão presentes como: a vingança, a maldade, a inveja, a ganância e a sensação do complexo de inferioridade. Esse perfil se encaixa perfeitamente no caso da personagem Inês (Adriana Esteves) da novela Babilônia, em relação a sua rival Beatriz (Glória Pires).

Segundo o especialista, na realidade, não há coerência em conter a quantidade de ações que serão efetuadas, desde que as mesmas, possuam uma qualidade necessária para destruir o alvo escolhido. “O problema é que muitas às vezes, ações repletas de covardia são largamente executadas, onde não há possibilidade de defesa alguma por parte da vítima. Especialmente quando se trata da internet. Inês, por exemplo, postou o vídeo de sua rival Beatriz, sem se importar com o que ocorreria com os envolvidos. Mostrando assim o nível de sua patologia obsessiva e compulsiva”, conclui o especialista.