Em primeiro lugar, quero parabenizar o Sr. GILMAR ROCHA, por seu brilhante esclarecimento, referente aos acontecimentos relacionados aos quiosques da praia Grande. O seu artigo, além de esclarecedor, coloca no seu devido lugar, o questionamento do que é um bem público e de como a sua utilização foi possível em um momento da história de Ubatuba, em que, por não haver na praia um aparelhamento turístico, como os restaurantes, foi "permissionado" o uso do espaço público, para as finalidades necessárias à época. Com o passar dos anos, e o crescimento da cidade, tais finalidades perderam a função, pois, temos vários restaurantes e comércios afins, que podem atender a demanda turística, com a devida infra-estrutura.

O Senhor GILMAR ROCHA cita os artigos 174 e 205, da lei orgânica de Ubatuba e esses enquadram perfeitamente as finalidades dos bens públicos, citando a PAISAGEM como um bem, sendo também, parte do meio ambiente. Pois, sendo a PAISAGEM, um dos principais direitos e uma das principais razões de agregarmos valor aos nossos serviços, porquê, alguns obscuros cidadãos, nos impedem de desfrutar desse direito? Qual ou quais poderes, corroboram para que isso, quero dizer, esse abuso, continue acontecendo, sem que as providências cabíveis sejam implementadas?

Aproveitando o mesmo enfoque, tive o prazer de acompanhar o ilustre Deputado Federal, Marcelo Ortiz a um almoço no sábado, lá no Gauchão e presenciar logo à entrada do estabelecimento, uma mesa com oito pessoas, sendo dois guias turísticos e o restante europeus, que aqui vieram para observar pássaros, alinhada à janela, de forma que todos pudessem almoçar e observar a PAISAGEM, que em frente a churrascaria se descortina de forma espetacular, mostrando toda a baía de Ubatuba; as ilhas ao fundo e no plano maior, a fulgurosa vista da Serra do Mar e de sua exuberante Mata Atlântica. Pergunto a todos, seria possível a mesma observação em nossa área central, ou de algum comércio da praia Grande?

Bem, mais uma vez, agradeço ao Sr. GILMAR ROCHA, por seu artigo. Mais uma vez, peço a todos que não se ausentem deste momento histórico, de que todos temos dever de participar para que no futuro não sejamos privados de soltar a nossa voz. Não é uma questão de coragem, é uma questão de compromisso com o futuro de tudo aquilo que amamos.

Um grande abraço a todos

Cordialmente: Wagner Aparecido Nogueira