Deu ontem (05) no "International Herold Tribune" em manchete, os lamentáveis fatos que vem ocorrendo com a nossa política petista, levando mais uma vez nosso país para a lama da corrupção, o que já vem acontecendo desde as Colônias, só que desta vez com a máscara da virgindade. Mas o que chama a atenção no famoso matutino é o destaque que dá a imprensa nacional, chamando-a de "Competente Imprensa e que deveria ser exemplo para a maioria dos países latino-americanos". Para nós que vivemos aqui e que fazemos uso de veículos de comunicação, mesmo que seja em uma pequena tribo, é um elogio que não pode passar desapercebido, principalmente porque sabemos que os homens públicos têm verdadeiro horror da imprensa. A todo momento vê-se manifestações de políticos tentando desqualificar a imprensa e, a nível nacional, tentando atingir empresas como a Folha de São Paulo, O Estado, Veja, IstoÉ. Afirmam serem veículos que tentam desestabilizar a nação, como se dissesse: "Não contem nossas maracutaias porque elas podem gerar desconfiança de toda a nação. Elas são só nossas e são a fonte de nossa sobrevivência política". Na realidade, essa crise deve-se à imprensa, que por sua conta e risco está desnudando as entranhas de um governo, já comprovadamente tão ou mais corrupto que o governo Collor, de lastimável lembrança. Esse é o elogio que o Herold fez ontem à imprensa nacional, esse é o agradecimento que todo cidadão de bem desse imenso país deve aos nossos jornalistas. Nossos implacáveis e anônimos homens de imprensa. Vai aqui uma recomendação aos nossos domésticos políticos tupiniquins. Quando falamos alguma coisa de nossa cidade ou da administração dela, estamos contribuindo não só para a própria administração, como para com todos os cidadãos. Ouçam-nos, leiam-nos, reflitam. Depois falem, ou façam. Não tenham vergonha. Exercemos o privilégio de falar. Exerçam o de ouvir.
Nota do Editor: Herbert José de Luna Marques [1939 - 2013], advogado militante em Ubatuba, SP.
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