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Opinião
13/07/2005 - 08h08
Inadimplência
Cláudio Boriola
 
Uma doença curável que beneficiará a sociedade

O ano de 2005 está sendo muito atípico, não só politicamente, como também na economia brasileira, com exportações de produtos primários quebrando recordes, enquanto as importações de produtos acabados continuam também crescendo e a balança avança lentamente.

O mundo político foi sacudido por uma onda de acontecimentos desastrosos, aonde veio a público que a corrupção existe em larga escala em todos os escalões do governo. A credibilidade política cai muito perante a população, que vem sofrendo bastante com a política econômica, principalmente a camada mais pobre, que ainda vive com pouco mais que um salário mínimo. As verbas para distribuição de cargos entre partidos são generosas, mas o reajuste do salário mínimo em maio foi considerado uma ofensa pelos beneficiados, principalmente a massa de aposentados.

O que pode fazer o Presidente da República para uma nação sofrida que esta pagando o preço da humilhação de juros irreais e tributos elevados?

Pelo menos no ambiente externo ele tem levado comitivas enormes nas viagens internacionais, com centenas de empresários visando abrir o mercado externo, já conseguindo alguns resultados favoráveis a nível político e de negócios, principalmente nas exportações.

Continuamos no velho dilema! Enviamos matéria prima, que são transformadas e compramos de volta como produtos manufaturados com maior valor agregado.

Daí surge à necessidade de realizarmos uma análise e reflexão profunda do que vivenciamos no 1º semestre de 2005.

A inadimplência continua a solta afetando o bolso de cada brasileiro como se fosse uma doença incurável.

Depois do que ocorreu em maio e junho deste ano, o comércio passa a se preocupar novamente com essa realidade a cada dia mais crescente no cenário comercial. E agora, para o segundo semestre do ano, a economia sofrerá grande impacto por conta do endividamento dos consumidores.

É notório que os principais motivos que levam os brasileiros a atrasar os pagamentos de suas dívidas são: o orçamento que está totalmente comprometido e o não aumento da receita para compensar as perdas e despesas. O comprometimento da renda com dívidas foi de 39% no mês de junho, contra 32% do mês de janeiro. Se isso não fosse preocupante o suficiente, o percentual de inadimplentes com contas em atraso não atingiria patamares de 52%, o maior índice desde o mesmo mês do ano passado.

A alta dos juros vem sendo repassada aos consumidores há vários meses, o que diminui de forma avassaladora o poder de compra do cidadão. É bem natural que haja uma queda nas compras a prazo no segundo semestre, o que significa que teremos um índice de crescimento abaixo dos 5,8% obtidos no mês de maio.

Precisamos combater a bolha da inadimplência que afeta diretamente o pequeno e médio comerciante, além dos consumidores que sustentam o comércio. Somos alimentados das esperanças e expectativas de uma economia forte, de um Brasil melhor, esquecendo que as taxas de juros praticadas atualmente afetam todas as camadas socioeconômicas.

Ainda não percebemos que estamos algemados e pedindo bênçãos aos bancos privados que praticam altos juros, além de mandarem e desmandarem na economia brasileira. Enquanto isso os prejuízos causados pelos juros circulantes no país causam imensos reflexos, declinando o poder de compra e o bolso do consumidor que paga um preço altíssimo por tudo que acontece no país.

O Brasil é considerando hoje um dos países mais complexos para se tornar moderno no combate das desigualdades sociais. Está faltando coragem da própria sociedade para cobrar do governo o fornecimento de uma educação digna desde o ensino primário até a formação do homem.

O comércio em geral necessita urgentemente ser conduzido à modernidade e novos rumos que vão desde a educação financeira consciente de um simples consumidor até um intelectual vendedor que necessita comprar para sobreviver.

A inadimplência terá cura a partir do momento que tenhamos iniciativas de incluir em todas as escolas brasileiras a Educação Financeira. Partindo deste princípio, estaremos formando homens capazes de criar trajetórias esplendidas e gerir um comércio forte, consciente que não dependerá do capitalismo para o seu crescimento. Assim teremos uma sociedade justa e digna!


Nota do Editor: Escrito originalmente por Cláudio Boriola - Consultor Financeiro, Palestrante e Autor do livro Paz, Saúde e Crédito - O livro que vai mudar a sua vida, batizado por Paulo Henrique Amorim como a "bíblia dos endividados", especializado em Administração Financeira, Economia Doméstica e Direitos do Consumidor.

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