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Ano 2 - Nº 14 - Ubatuba, 15 de Novembro de 1998
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· Em polvorosa
    O Guaruçá
    guaruca@hotmail.com

Foi no 30 de outubro passado, que aconteceu um dos maiores corres-corres da cidade dos últimos tempos, graças a uma ação civil do Ministério Público solicitando o afastamento do prefeito municipal, vice-prefeito, assessor de gabinete e uma ex-funcionária do Cartório Eleitoral local. Vamos lá:
1. Um processo em andamento na Justiça Eleitoral apura denúncia de irregularidade no registro do então candidato a prefeito municipal, Zizinho Vigneron. Ele teria perdido o prazo para mudança de partido e, através de ex-funcionária do Cartório Eleitoral de Ubatuba, conseguido o registro da candidatura com uma rasura no livro eleitoral oficial.
2. A rasura no livro do Cartório Eleitoral e a substituição do nome inscrito pelo de Vigneron foi comprovada pela Polícia Federal que inclusive indicou o culpado através de exame grafotécnico. Isso feito, o processo crime foi remetido a Justiça.
3. Por último, no dia 30 de outubro passado, o Ministério Público na figura de um dos seus promotores promoveu com uma Ação Civil embasada em provas levantadas nos processos. Ofertou denuncia crime por improbidade administrativa, pede a abertura do processo e o imediato afastamento dos envolvidos.
Quanto aos dois primeiros processos, dizem ser coisa de "cachorro-grande." Mas, este último foi deveras interessante. Uma correria só, muita gente queria ler o texto da Ação na praça do Fórum e só se via aquelas conversinhas de pé-de-ouvido, celular prá todo lado, um bambual de tanta antena. E depois, foi a vez da Câmara Municipal, reunião aqui, reunião ali e viva a milagrosa invenção: a máquina de xerox. E tome cópia, em pouco tempo lá se foi o estoque de papel na cidade. E no final, vieram as conhecidas e malfadadas reuniões de final de noite onde são traçados os rumos.
A coisa correu, e no dia seguinte tomando conhecimento do pedido do promotor a população toda perguntava: será que afasta? Será que não afasta? Será que adianta? Ou não adianta? Quem assume? É a Dirlei? É o Nélio? Teremos nova eleição? Mais uns dias, e tome mais boato: Caiu? É mesmo? Agora é o Epifânio? Vai ficar até quando?
O mais interessante nesses dias foi: não se ouviu em momento algum uma defesa do prefeito por seu bom desempenho, a não ser por parte daqueles beneficiados diretamente com a sua permanência (leia-se Câmara e comissionados na prefeitura). Isto demonstra claramente a atual insatisfação da população com a realidade ubatubense. Bradado foi em semanário local que deve haver um basta, que o prefeito foi eleito por grande maioria. E essas manifestações de contrariedade a ele são uma ofensa. Os descontentes seriam pessoas com interesses contrariados. E isso é absoluta verdade, são todos uns contrariados. O setor de construção teve uma queda drástica com a burocracia implantada, o comércio amargou baixa sensível com o números de turistas que foram espantados por uma falta total de política correta e séria. A população em geral foi envolvida na onda que arrasou o comércio, os funcionários públicos então nem se fala!
É ausência de autocrítica achar que todos os descontentes são políticos querendo ver o prefeito fora do Paço Anchieta. Muita gente não está nem aí com política, mas sente como anda doendo o bolso pela falta de dinheiro que invadiu o município.
Em outro semanário local uma matéria da Assessoria de Comunicação da Prefeitura com o título: "Deixem o homem trabalhar em paz".
Dito isto, só temos uma coisinha a pedir:
Começa logo, pô!

Novamente encontramos o mestre Nhô Tico, desta vez sob lua cheia de meia-noite, na praia da Enseada, a ele relatamos os fatos, amargurados, talvez até perdidos. E ele profetizou:

- Im primeru lugá podi tirá da cara essi ar tristi. Vancê num sabi qui num há mar qui sempri dure i bem qui nunca si acabi? Tudo qui ocês tão vendu nessa Ubatuba já conteceu nu mundu todu. Chama-se malandragi Guaruçá. I mi dimira muito ocês tudus ficarem ispantadu. O Césa, na Roma antiga, já pregava: tem qui dividi prá governá. Us qui num concordá tem qui sê amaciado com um cascáio du mesmu jeitinhu qui fala essi tar di Ratinho da televisão. Prus amigus tudo e prus inimigos a lei. Assim é desdi qui o mundu é mundu. Mai pareci qui também arguém já falou: a esperteza quandu é dimais vira bicho i comi o isperto. Aguardi Guaruçá qui num vai dá outra! I tem mais só fica im porvorosa quem é picado na bunda pur musquito pórva.Fim do texto.
· II Antologia Vertente de Poesia

Estão abertas as inscrições para a II Antologia Vertente de Poesia, uma antologia poética nacional, que terá até 160 (cento e sessenta páginas). As inscrições vão até o dia 15 de dezembro e o livro estará publicado até o dia 15 de janeiro de 1999. Os autores deverão enviar as poesias e aguardar um pronunciamento da equipe de seleção da Editora para somente então enviar o valor da participação.

II ANTOLOGIA VERTENTE DE POESIA

Objetivo: Publicação da segunda série de Antologias Poéticas de diversos autores.

Autores: Poetas e trovadores, inéditos ou não, que desejem participar deste projeto.

Formato do livro: 14 cm x 21 cm, capa em cartão 180 plastificado em cores, miolo em papel Off-set 90 e 128 a 160 páginas de miolo.

Público-Alvo: Leitores em geral, especialmente os amantes da boa poesia, intelectuais de maneira geral, estudantes e professores.

Temática: Poemas de todas as espécies, separados em séries distintas de acordo com o estilo dos poetas.

Tiragem: 1.000 (um mil exemplares) de cada título, com possibilidade de reedição ou reimpressão.

Forma de participação dos poetas: Custo editorial dividido pelo número de páginas do livro e multiplicado pelo número de páginas ocupado por cada autor. Cada autor, além de seus poemas terá a inserção de duas páginas com retrato (desenho) estilizado de seu rosto e resumo biográfico.

Observação: Os autores reservam para si os direitos autorais totais.

Esquema de montagem do livro:
Página 01 - Contra-capa
Página 03 - Página de rosto
Página 04 - Página de créditos
Página 05 - Índice
Página 07 - Apresentação
Página 09 - Início do texto

Custos: R$ 52,00 por página.

Observações:
1. A participação mínima admissível é de 04 páginas, ou seja, duas páginas para a biografia e retrato e duas páginas para o texto da poesia.
2. O número de páginas destinadas a cada participante sempre será par.
3. Os autores são donos de metade da edição e cada um terá direito ao número de exemplares proporcional à sua participação, incluídos o rateio dos Direitos Autorais (10% da edição divididos pelos autores participantes).

Endereço para envio de material:
Nicole Kirsteller - Depto. Editorial
Editora Vertente Ltda.
Rua Djalma Forjaz, 103 - Sala 17
Shopping Geneve Plaza - Capivari
12460-000 - Campos do Jordão - SP
TelFax: (012) 263-4103
e-mail: editora@vertente.com.br
http://www.vertente.com.brFim do texto.

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