Ponciano Eugenio Duarte, caiçara de valor, virou nome de rua, um pedacinho de chão onde havia uma casinha de madeira que dava abrigo a uma moça e sua mãe, e ao cachorrinho de estimação. Parece conto de fadas, talvez, quem sabe. A terra tinha um jardim florido, horta, frutas e santos de quintal. O sol iluminava os tons de verde. No ar respirava-se o Amor. A moça e sua mãe sentiam-se felizes quando uma flor brotava ou um maracujá nascia. A moça sonhava em plantar uma bananeira. Admirava como a natureza se manifestava nesta fruta aparentemente corriqueira. Queria ver uma bananeira dar cacho, dar muda ofertar seus frutos, observar seu coração, compartilhar do ciclo da criação. A moça sempre pedia aqui e ali uma muda até que plantou duas bananeiras no quintal, mas mal chegou a vê-las crescer um pouquinho. Sua mãe já fora para outro jardim. A casa de madeira foi vendida pra alguém. A moça que não possuía aquele pedacinho de chão, mudou-se para longe. E a vida virou um sonho vivido.
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