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COLUNISTA
Aládio Teixeira
18/06/2006 - 13h01
Futebol não é masturbação
 
 

No Brasil, temos a incrível facilidade de elevarmos em curtíssimo espaço  de tempo, uma pessoa à altura da coroa do céu, mas todavia, fazemo-la descer ao inferno em velocidade três vezes maior que a que usamos para endeusa-la.

A bola da vez é Ronaldo, ou Ronalducho como o chama o bem humorado Zé Simão, cronista da Folha, jogador de futebol dotado de um bom nível técnico no que tange à pratica do esporte mais popular e querido de nosso povo, também a bem da verdade, e se prestássemos um pouquinho mais de atenção, notaríamos que o referido jogador, nunca foi tudo isso, que a mídia vive alardeando em jornais, revista, televisão... Nunca jogou mais do que Pelé, tal especulação, aliás, chega às raias de blasfêmia. Muito menos, jamais se aproximou de Garrincha o anjo das pernas tortas e, responsável principal por nossas vitórias em 62, também não é nenhum Maradona, justiça seja feita, é quando muito um Jairzinho, um Clodoaldo, sem demérito nenhum, posto que estamos nos referindo a excelentes jogadores, verdadeiros monstros da bola.

Mas nesses últimos anos criou-se o mito Ronaldo, talvez mais pelo que o atleta rende em termos de manchete fora das quatro linhas, produto dos reiterados namoros de que tem sido protagonista e a ninguém deveria interessar, o moço gosta demais de mulheres, ótimo, temos mais é que aplaudir. Ocorre que com o seu oficio, o futebol, se ocupa um pouco menos do que deveria, aí a razão de algumas complicações por que passou e passa. Não é nenhum salvador da pátria, o Brasil não foi campeão em 2002 somente por causa do bom futebol de Ronaldo, ele foi importante, e contribuiu muito para o grupo e conseqüente sucesso da seleção, mas não foi o único; importância equivalente tiveram Ronaldinho Gaúcho, Cafu, Roberto Carlos, Marcio Santos, Marcos e principalmente Rivaldo...

Nesta copa, começamos mal, um joguinho insosso contra a Croácia, o meio de campo sem muita mobilidade, com dois atacantes fixos na frente Ronaldinho e Adriano, a seleção não criava absolutamente nada, somente por obra de sorte, que nos sorriu ao final do primeiro tempo, traduzida no chute bem dado por Kaká, que também não estava jogando lá essas coisas e que foi indefensável para o goleiro Croata, é que nos salvamos, foi esse golzinho e mais nada, muito pouco para a pátria de chuteiras, mas o Ronaldinho só foi mais um a jogar mal dentro de um conjunto canarinho, que nesta primeira jornada da copa de 2006 estava mais para pardal, ou quem sabe caga-sebos.

Futebol não é masturbação que se pode praticar sozinho, é um esporte coletivo, ninguém pode ser responsabilizado individualmente pela vitória ou derrota do time, onze jogam, ganham ou perdem coletivamente, e não adianta dizer que um tem mais talento é mais habilidoso, pois sem o carregador de piano, time algum vence, nenhum time ganha somente com jogo bonito, vocês se lembram de 82 e 86, quem sabe o Brasil não tivesse sido campeão se no meio dos finos da bola contássemos naquela época com um Dunga, um Gerson que tinha categoria, mas também se impunha como xerifão, para botar respeito na casa e mostrar quem é que estava mandando no pedaço.

Gordo ou magro Ronaldo(ucho) é somente um bom jogador da seleção que, se no conjunto jogar um bom futebol, pode nos levar ao hexa, mas com certeza, se acharmos que Ronaldo(ucho) sozinho determinará a vitória ou derrota, estaremos decretando a volta da famosa síndrome de vira latas Rodrigueneana, que de vez em quando nos assola, pois nenhum time se destaca por ter somente um único craque, nem o Santos que teve o maior jogador de todos os tempos, era maravilhoso somente porque tinha Pelé, mas especialmente, porque tinha Dorval, Mengalvio, Coutinho e Pepe, sem contarmos minha gente, que em que pese em nosso país se jogar um dos melhores futebol do mundo, ainda assim, nossos jogadores não têm, é bom ressaltar, a obrigação de ganhar todas as edições da copa do mundo, se não era melhor fazer com o Brasil, o que foi feito com Clóvis Bornay no carnaval carioca, e torna-lo “hours concours” nessa disputa que se constitui como maior evento de futebol do mundo!


Nota do Editor: Aládio Teixeira Leite Filho é natural de Ubatuba e se auto-intitula: "um escrevinhador caiçara".
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