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COLUNISTA
Nazarethe Fonseca
21/05/2007 - 05h30
Medo de amar
 
 

Hoje ao telefone descobri que tinha medo de amar, já desconfiava. Podia sentir minhas fugas silenciosas. Mas enquanto ele falava docemente aos meus ouvidos, meu coração saltou, foi medo. Por algum tempo ouvi sua voz de homem, forte mexer comigo, com meus sentidos. O modo como me fazia entender que era necessária para seu dia, naquele momento, depois, amanhã, agora, em seus braços, sobre seus lábios. Deixei sua voz invadir minha vida e senti medo.

O que ele deseja? O que quer chegando tão perto?

O tempo parou e pela janela só havia a noite as luzes tão brilhantes, enquanto falávamos de tudo e nada importante. Momentos que poderiam ser só nossos, enquanto o universo conspirava para nós dois termos aqueles doces e delicados momentos. Meu coração saltou e eu o contive, freei. - Pare! - gritei em pânico. A velha e doce sensação de desejar, de apaixonar... Doce e feliz, flutuar.

Enquanto tudo me dizia: - Espere não se renda ainda, resista. Aprenda a esperar, a entender o que tudo isso quer dizer.

E a voz dele continuava a me dizer o certo, o errado, o que preciso ouvir, o que desejo falar, tudo pareceu muito calmo e naquele pedaço de instante senti o abraço, o cheiro. Preciso dele, ele precisa de mim?

O que nós mulheres realmente precisamos, um amante, um namorado? Alguém que nos diga: "- Você é linda, meu anjo. É a minha deusa."

Talvez, mas o momento passa e sentimos tudo se perder, como se levado pela brisa. A insegurança vira posse e logo estamos controlando o nosso "amante", nos tornando seu pior pesadelo, brigando cobrando o que não pode ser concertado. Um coração quebrado, partido, não tem como colar. Até onde ir? O que pode ser dito, ouvido, exigido um do outro? É preciso paciência e paz, é preciso equilíbrio e paciência, é preciso segurança. Pois o homem com o tempo se torna importante, precioso e não pode ser dividido, ele agora é de seu coração, dos seus olhos, e agora a mulher tem medo por amar demais, e a perca desse amor a assustar, apavora.

Eles ficam, eles vão aos pedaços, inteiros, nos mostrando alegria e tristeza. Os homens nos fazem fracas e fortes, mulheres e mães, fêmeas, senhoras e amantes.

Eu não quero mais sentir medo. Quero ouvir sua voz e me sentir segura, esperar que cumpra as promessas que me fez suavemente.

Olhar-me como sua amiga como sua mulher, como sua amante, aquela em que pode confiar, esperar, encontrar, se perder, estar, descansar.

Não quero sentir medo de amar, eu quero pertencer a tudo que considera bom e belo, deixar sua voz entrar por meus ouvidos e invadir minha vida. E quem sabe um dia viver dentro de meu coração.


Nota do Editor: Nazarethe Fonseca é jornalista e escritora.
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