Durante a ditadura militar várias “máximas” rodavam pelo mundo estudantil. Lembram-se do “ame-o ou deixe-o”? Os estudantes continuavam: “o último que sair apague a luz!” Diziam isso não por não amar ao país, muito pelo contrário, é que a frase embutia a ideologia ditatorial do “quem não está comigo, está contra mim!”. Hoje no nosso regime democrático este tipo de pensamento subsiste como uma doença do poder que exclui qualquer visão diferente e muitas vezes inovadora. Qualquer dirigente, gestor, líder, pessoa que considere que não há nada entre dois extremos vive gerando conflitos. Entre um sim e um não, existem circunstâncias, condições, escolhas interiores... O novo olhar que desponta vê matizes, considera a individualidade e a multiplicidade, a igualdade e a diversidade, como partes dinâmicas da totalidade do ser humano. “O mundo é um moinho” cantou Cartola. O mundo é uma esfera, uma circunferência, uma roda onde não há lados e sim caminhos. Qualquer conjunto social que siga caminhos que beneficiem o todo terá o progresso como fruto. Esses caminhos trazem o brilho especial do bom senso, do justo, do solidário e do bem. Continuamos no eterno conflito do Bem e do Mal, mas ninguém reclama de algo verdadeiramente bom e correto!
Nota do Editor: Mariza Taguada, professora de profissão e artista de coração, é paulistana e moradora de Ubatuba (SP) desde os velhos tempos.
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