Em lojas de departamentos é muito comum virmos nas camisetas de vendedores e atendentes a frase: Posso Ajudá-lo? Com o intuito de causar algum impacto de pronto atendimento, isto quando o próprio vendedor e/ou atendente ainda reitera dizendo: Posso Ajudá-lo? Porém é catastrófico quando algum vendedor e/ou atendente passa ao seu lado exibe a frase e sequer pergunta algo que possa atender as suas necessidades. Bem, o fato é que há um despreparo e não são pontuais e sim quase que geral, mas obviamente que existem as exceções neste caso positivas como em qualquer função. Mas o que tenho observado é que muitas empresas de departamentos não se preocupam no treinamento técnico e comercial para este pessoal ou não estão fazendo avaliação de desempenho para vir a evolução de cada profissional e até podendo perder bons profissionais por falta destas questões. Portanto, é mais produtivo treiná-los e não estampar a palavra básica em suas camisetas: Posso Ajudá-lo? Que também poderá ser interpretado pelos clientes de várias formas, desde uma “gozação” como: pode sim, me dê este produto de presente? E aí para retomar a negociação o vendedor e/ou atendente poderá ficar sem saída, pois a seriedade de uma negociação já terá sido abalada, ou por exemplo: Pode me ajudar sim, preciso pagar em 24 vezes sem financeiro e trabalho apenas com cheques, portanto, mais uma situação complicada, pois o profissional “abriu a guarda” e com toda certeza mais uma vez não terá como se livrar, a não ser que sempre o solicitado pelo cliente, o profissional terá como atender, o que é surreal principalmente em vendas, pois quem deverá conduzir uma negociação deverá ser sempre o vendedor e/ou atendente, pois a partir do momento que a pergunta básica for utilizada, ele não terá como conduzir para saber as reais necessidades do cliente.
Nota do Editor: Norberto Kovacevick é Coordenador de Vendas, Palestrante e Professor em Vendas.
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