Eu ouvi dizer que o amor que não se dá se perde. E me pergunto se esta frase, este "chavão" é verdadeiro. Será que o amor é como um balão que flutua no ar e sem mais nem menos explode e se perde? Talvez sim, talvez não. Quem pode falar do amor? Acredito que ninguém, o amor é um dos temas mais inquietantes do planeta e só se iguala à vida. O começo, o fim, nele reside quase tudo, pois se fosse prefeito não acabava. Ou somos nós que destruímos o amor? Tenho muitas dúvidas e nenhuma resposta. Já senti o amor, o sinto, mas quase sempre o amor é ignorado, afinal o amor é tão singular que se pode amar sozinho. Sim, acredite-me é possível, amar verdadeiramente, intensamente sozinho. Dentro da solidão existe o amor não correspondido, o que enfrenta milhões de barreiras, o que vai ficar para outro dia, para outra hora, outra vida. O amor tem muitas faces assim como Deus. Ele é feito de uma luz única e que poucos vêem com clareza. Ele está em cada folha e animal, no suspiro curto e longo, banalizado pela matéria que tudo prejudica e confunde. O amor é feito de um pouco de tudo e de quase nada, de pó das estrelas, de um sorriso, um olhar, de palavras, e dentro de minha ignorância a respeito do tema: "Tudo que não se dá, se perde".
Nota do Editor: Nazarethe Fonseca é jornalista e escritora.
|