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COLUNISTA
Nenê Velloso
06/07/2005 - 10h23
Construindo o passado - 1964-2004 - 3/8
 
 
Esperando a futura Rio-Santos - BR-101
Nenê Velloso 

O bairro do Perequê-Açú passou a ser chamado pelo prefeito de: "A Nova Ubatuba". Tinha um projeto especial para o bairro. A pedido do prefeito Matarazzo, e doada pela Cia de Engenharia Max Lothar, estabelecida na Capital Bandeirante, elaboraram vários projetos, que iam desde a construção de uma escola, adaptada em um bonde ou ônibus, até a construção de um simples pontilhão. Dentre eles, o mais importante era o COMPLEXO HISTÓRICO, TURÍSTICO, ESPORTIVO, E COMERCIAL "BOCA DA BARRA", para resgatar tudo que teria acontecido no porto da Prainha, com seus armazéns, alfândega até a Boca da Barra, onde se estabelecia um ponto de vendas e trocas de mercadorias, carga e descarga de grandes canoas de voga, porque dali até a Prainha, foi o principal marco histórico de Ubatuba.

Na Ilhota dos Pescadores, seria construído um Mercado Municipal de comércio variado com predominância do pescado, totalmente coberto. A partir da cabeceira da ponte, até a estátua do São Pedro, seria construído a SECRETARIA DE TURISMO, E O CENTRO DA CULTURA E ARTE CAIÇARA, e em toda a extensão da muralha de sustentação, um deck, para que os visitantes tivessem uma vista panorâmica da cidade. A área (parte de cima), onde hoje foi construído o "TRIBO CLUBE", seria desapropriada e ficaria reservada para a construção de um hotel que atendesse aos padrões internacionais. Foi projetada também, uma passarela sobre a costeira, a partir da ponte, até a pedra do CABO na Prainha, seguindo depois até a praia do Perequê-Açú (uma idéia antiga dos caiçaras), e durante o percurso, pontos para pesca, e na parte de cima da costeira, vários mirantes.

O Centro Esportivo "Itaguá Praia Clube", com duas quadras de tênis, bocha, malha, vôlei, futebol de salão e basquete, sendo o piso da quadra de tênis, com pó de telha importada da França, era o orgulho da cidade, construído na década de 50, pelo nosso maior empreendedor, Dr. Licurgo Barbosa Querido (esquecido), seria totalmente remodelado e ampliado. Este era o desejo do prefeito Matarazzo, de resgatar a história da cidade. Veja o centro esportivo hoje, transformado em uma feira hippie, sem as mínimas condições sanitárias, transformando a praia em que o padre José de Anchieta escreveu o poema "A Virgem", em sanitário. O topógrafo Sr. Roberto Nelsen, o homem responsável pelo Planejamento e Urbanismo da cidade, reforçou a malha viária com o alargamento da Av. Dr. Félix Guisard, e Av. Manoel da Nóbrega, para 20,00 metros de largura, dois vãos de ponte, se interligando com a Av. Iperoig, formando a grande Av. da Orla, com 4 pistas a partir do rio Indaiá, entrada da cidade pelo lado norte.

E, para desafogar o futuro trânsito da Av. Manoel da Nóbrega, criamos uma "Av. Central" (veja o croqui acima), proporcionando um trânsito interno, rápido e tranqüilo, quase que exclusivo para os moradores e freqüentadores da praia do Perequê-Açú. Para isso, prolongamos os dois extremos de uma avenida com 20,00 metros de largura, já existente no loteamento Jardim Tropical, aprovado na década de 50. Esta avenida, fica entre as avenidas, Manoel da Nóbrega e a praia, hoje Av. Abreu Sodré. Esta Av. Central, se chama hoje, rua "Donária Chagas", e se encontra parada de um lado, pela ironia do destino, no Jardim da Saudade, e do outro, no desmembramento professor Francisco Gomes. Dos 1.350 metros de extensão da avenida, 1.000 metros foram obstruídos no decorrer desses 40 anos, somando 10 prefeitos pós Matarazzo. Quer mais?

E, com a vinda da tão falada e futura rodovia Rio - Santos - BR-101, que só chegou no governo Basílio, 1973 - 1976, portanto,10 anos depois, foi quando saiu à verba para a construção dos dois vãos da ponte, sendo que na última hora, a verba para o segundo vão, foi transferida para outra cidade com mais prestígio político. O prefeito Basílio de Morais Cavalheiro, esperneou, mas de nada adiantou, em protesto, o prefeito não compareceu a inauguração, sendo chamado às pressas o seu secretário, meu colega e saudoso amigo Odair Rufino, para dar prosseguimento. O governador era Paulo Egidio Martins e o secretário dos transportes Rafael Baldaci.

E 40 anos depois... Nada mudou, tudo piorou.


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Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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