Nenê Velloso      Croqui com o alargamento da rua Condessa de Vimieiro.

O estrangulamento da rua Condessa de Vimieiro, no governo Matarazzo já era coisa do passado. A praça seria remodelada, as palmeiras seriam substituídas por arbustos, plantados dentro do novo alinhamento seguindo a quadra onde se encontra instalado o Supermercado, veja a linha pontilhada indicando o novo alinhamento. As árvores da praça seriam transplantadas para outros locais, o piso substituído por um gramado com canteiros de flores variadas, de preferência extraídas da nossa exuberante Mata Atlântica, e que não ultrapassassem a altura de 1,20 m. Dizia o prefeito Matarazzo: "Em nenhum lugar do mundo, os prédios públicos, igrejas, casarões e tudo o que for considerado monumento histórico, não devem e não podem ser ocultados pela arborização. É crime."

As palmeiras imperiais são lindas, mas em praças públicas são contra indicadas, considerando que atingem mais de 50 metros de altura e quando suas folhas, secam e se desprendem, atingem o solo com violência, e quando atingem pessoas, os acidentes são fatais. Isso já aconteceu na rua das Palmeiras em Taubaté. Lá as palmeiras só foram cortadas, depois de um acidente com vítima fatal. Espero que esse fato não se repita aqui.

As residências ali existentes, que foram transformadas em prédios comerciais, não tiveram o sucesso esperado. A padaria, por exemplo, reabriu várias vezes. Comércios variados foram instalados no mesmo prédio e nenhum prosperou. Hoje se encontra fechado. Já as lojas de artesanato e outros, sobrevivem a duras penas, porque são dos proprietários dos prédios, mesmo assim, mal conseguem pagarem o exorbitante IPTU, como se esses estivessem localizados nas principais avenidas. Já do outro lado da praça, todos os comércios vão de vento em popa, pela facilidade de estacionar de ambos os lados. Um prédio desse lado é valorizado em mais 30%, sendo que essa diferença, certamente não é considerada pela prefeitura, lançando o IPTU para todos, pelo maior valor.

E 40 anos depois... Nada mudou, tudo piorou.

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