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Ano 2 - Nº 14 - Ubatuba, 15 de Novembro de 1998
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· Arroz com Palmito
· Odisséia de uma canoa
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· COZINHA CAIÇARA

   Arroz com Palmito
    Angela M. Carpinetti de Souza
    articulista@ubaweb.com

INGREDIENTES:

2 xícaras de chá de arroz
1 cebola picada
3 dentes de alho
2 a 3 colheres (de sopa) de óleo
½ maço de cheiro-verde
3 a 4 folhas de alfavaca
Pimenta do reino, sal
1 palmito
4 xícaras de água fervente

MODO DE FAZER:

Pique o palmito e deixe de molho em água com sal e vinagre para não escurecer.
Numa panela, coloque o óleo, a cebola e o alho e doure.
Junte o arroz e frite-o bem. Acrescente o palmito picado e escorrido e junte as 4 xícaras de água fervente.
Tempere com sal e pimenta-do-reino
Por último coloque o cheiro-verde picado e a alfavaca.
Bom apetite!Fim do texto.

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· Odisséia de uma canoa
    Fátima Aparecida Carlos de Souza
    articulista@ubaweb.com

Canoa Maria Comprida - Foto: © Luiz Felipe Bacellar Azevedo

Sexta-feira, 1º de junho de 1973, às quatro e quarenta e cinco da manhã, cinco valentes caiçaras remadores lançavam-se ao mar numa canoa batizada de "Maria Comprida". Medindo 9,2 metros de comprimento, com apenas 82 cm de largura, essa canoa viria concretizar a destemida intenção dos dirigentes do Esporte Clube Itaguá e de seu departamento de canoagem: mandar sua equipe bi-campeã do litoral para tentar cobrir as 150 milhas marítimas na travessia Ubatuba-Santos. Assim, poderiam testar as possibilidades de se efetuar, futuramente, com a participação de canoeiros de todo o litoral, uma competição que, por certo, marcaria época no esporte amador paulista. Era também uma excelente oportunidade de se recordar e homenagear os cinco indígenas de Ubatuba, chefiados por Cunhambebe, que se fizeram ao mar numa canoa para atacar os portugueses situados em Bertioga. Fato histórico ocorrido por ocasião da Confederação dos Tamoios. A idéia da travessia Ubatuba-Santos partiu do Artur Alexandrino e do Carlos Alves e tomou corpo quando a ela associou-se o professor Joaquim Lauro Monte Claro Neto que passou a coordená-la, chegando mesmo a acompanha-la, por terra, em todo o trajeto.
Maria Comprida - uma típica canoa indígena, uma piroga, confeccionada artesanalmente do tronco de uma árvore, o louro, encontrada pelo Benedito Balbino na Mata Atlântica, nas proximidades da praia da Almada. A supervisão da confecção foi do Artur e todo o financiamento foi conseguido junto ao comércio local, além das contribuições dos amantes do clube de canoagem.
A travessia Ubatuba-Santos começou defronte à Capela de Nossa Senhora das Dores, na Praia do Itaguá, logo depois das bençãos do Frei Benedito Ballio Prado. A primeira parada foi em São Sebastião às 13:50 horas. No dia seguinte, novamente às 4:45 horas, reiniciaram o percurso com destino a Bertioga, lá aportando por volta das 14:45 horas. A última etapa, partindo de Bertioga, se deu às 6:30 horas e terminou às 10:15 horas, quando a equipe de remadores formada por Artur Alexandrino dos Santos, Carlos Alves de Morais (Carrinho), Nilo Leite, Antonio Felipe Barroso Filho (Barrosinho) e João Correia Leite, com idades variando de 30 a 45 anos, foram recebidos por grupos caiçaras, na Ponta da Praia, em frente ao Clube Saldanha da Gama, na cidade de Santos.
Depois do retorno triunfal para Ubatuba, essa mesma equipe, com exceção do remador Nilo Vieira, substituído por outro remador, o Salvador Mesquita dos Santos, lançou-se novamente em mais uma aventura com a Maria Comprida, a campeã de muitas corridas nas baías do Litoral Norte. No dia 7 de setembro de 1975, às cinco horas e trinta minutos, saíram de Ubatuba com destino a Parati-RJ. Lutaram bravamente contra as precárias condições do mar, cumprindo a missão de convidar seus colegas da cidade vizinha para participarem de uma grande prova de canoas em Ubatuba. Naquela ocasião foram recepcionados pelo Sr. Edson Didimo Lacerda, o Prefeito de Paraty, e na volta, já em Ubatuba, pelo prefeito de então, o Sr. Basílio de Morais Cavalheiro Filho, entre vivas da população local.
Hoje, depois de praticamente cair no esquecimento, a "heroina dos mares", Maria Comprida, foi doada à Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart) para fazer parte do seu acervo. Tendo sido restaurada pelo artesão Benedito Corrêa Leite (Candé), que usou incrustações de madeira de figueira e timbuiba em sua reforma.

Nota do Editor: Artigo publicado no Jornal O Povo - pg. 02 - nº 35 - Ano II - semana de 16 a 22/06/98 - Revisada em 09/11/98 - EASNFim do texto.
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